III Bimestre - Afetividade, Sexualidade e Drogas
AFETIVIDADE
O
termo afetividade é derivado da palavra afeto e se refere às diversas emoções
que uma pessoa pode demonstrar diante de diferentes situações. A afetividade
pode ser definida como uma variedade de impulsos emocionais impossíveis de ser dominados
e que constitui um substrato compartilhado por todas as pessoas. A afetividade
é o terreno de estudo da psicologia e tem sido matéria de debate anteriormente
com as primeiras abordagens filosóficas a respeito. Com o passar do tempo,
houve importantes avanços que associam diferentes áreas do cérebro com as ações
que uma pessoa pode ter; circunstância adquirida através de uma pesquisa
metodológica. O primeiro aspecto a ser considerado quando se fala de
afetividade é que ela é impossível de decidir conscientemente. Na verdade,
todas as pessoas podem perceber as emoções sem que haja um controle sobre elas,
além disso, surgem ao longo da vida nas mais variadas situações da vida. O que
realmente se pode decidir é a atitude tomada diante desses momentos e das ações
surgidas. Também é possível realizar ações que contribuem com os diferentes
tipos de afeto. Assim, por exemplo, tomar decisões que beneficiem a si mesmo
pode ter como consequência um sentimento de bem-estar.
Esta
diferença entre vontade e afeto acontece desde os tempos antigos especialmente
na Idade Média e no contexto da teoria desenvolvida por São Tomás. Na verdade,
para o teólogo existe a clara diferença entre o que significa uma decisão livre
e o que é uma simples inclinação afetiva. Esta circunstância se deve
principalmente à elucidação de questões éticas. Os afetos podem variar e estar
incluso a fatos imorais, mas isso não significa que exista culpa em quem os
experimenta na medida em que não se tomou uma decisão livre a respeito. Mais
contemporaneamente, a psicologia se aprofundou em grande parte com estas
considerações. Por exemplo, a psicanálise se refere a impulsos que existem além
da consciência e da liberdade. É por isso que se costuma dizer que a primeira
etapa para resolver qualquer tipo de problema que se refere à desorganização de
um afeto é tomar consciência dele. De fato, esta circunstância apenas se torna
possível quando são tomadas as decisões necessárias para dar uma resposta aos
inconvenientes, mobilizando assim, os recursos internos e externos.
A
maioria das pessoas lembra, de alguma forma, como a relação com um ou mais
professores marcou sua vida escolar. É simples perceber assim, puxando pela
memória, que uma teia de sentimentos, emoções, sentidos e subjetividades se
insere na relação entre professor e aluno, determinando a qualidade da
escolarização e do processo de aprendizagem. Paradoxalmente, porém, nem sempre
é fácil trazer esta percepção à luz, transformando o aspecto afetivo em uma
parte consciente e intencional da prática cotidiana em sala de aula. Abordagens
afetivas – que enxerguem os alunos integralmente em sua dinâmica de aspectos
emocionais, motores, culturais e sociais – não soam naturais para muitos
educadores, principalmente depois da educação infantil e dos primeiros anos do
ensino fundamental. Uma das causas desta percepção é histórica: a educação
ocidental pós-iluminista privilegiou a ideia do aprender associado à aquisição
de conhecimento de modo técnico, objetivo e racional. Nesse contexto, alunos e
professores pertenciam a universos diferentes e bem determinados, com interação
bastante limitada. À luz do século 21, entretanto, a discussão sobre a
afetividade no ambiente escolar ganha nova relevância. Sem outros espaços de
convívio e com pais ausentes pelos mais diversos motivos, as crianças estão
chegando à escola com uma carência afetiva cada vez maior, apontam
especialistas e professores. Problemas da escola atual como violência,
indisciplina, desmotivação e dificuldade de manter a atenção podem também ter
origem na falta de vínculo com o professor – e, portanto, poderiam ser
minimizados na construção deste. Os desafios para transformar uma escola
meramente racional em uma escola afetiva, porém, ainda são muitos.
A
importância dos afetos sintoniza-se, neste sentido, com o enfrentamento de uma
realidade que pode ser observada tanto nas escolas públicas como nas
particulares. “O ambiente escolar é atualmente um importante ponto de encontro
presencial, tanto entre os alunos quanto desses com os professores. As trocas e
atividades possíveis a partir desse encontro devem ser valorizadas ao máximo”. Valorizados
ou não, o fato é que os afetos são parte inerente de qualquer interação humana
– dentro ou fora da sala de aula. “Vale lembrar que mesmo o medo, tão usado para
coibir crianças e jovens, também é um afeto”. O grande desafio é trazer a
importância desta dimensão para ações conscientes.
As bases teóricas da afetividade
Lev
Vigotski (1896-1934), Jean Piaget (1896-1980) e Henri Wallon (1879-1962) formam
uma tríade de extrema importância para o pensamento sobre o desenvolvimento da
criança, a construção do conhecimento e da inteligência. Cada um deles, dentro
de sua abordagem específica, tratou da importância da afetividade, criando
conceitos capazes de auxiliar na compreensão do tema. Abaixo, seguem de forma
sintética os caminhos apontados por esses pensadores, um convite para o
aprofundamento teórico acerca da relação afetos-aprendizagem.
Lev
Vigotski escreveu vários textos relacionados à afetividade, dentre eles A
educação do comportamento emocional (no livro Psicologia pedagógica, Vigotski,
2003). Sua grande preocupação se detinha na separação entre afetividade e
cognição, influenciada fortemente pelo pensamento cartesiano. Para o pensador,
as dimensões do afeto e cognição estão desde cedo dialeticamente relacionadas
no desenvolvimento da criança. E o repertório cultural, as várias experiências
e interações com outras pessoas também representam fatores imprescindíveis para
a compreensão dos processos envolvidos na construção do conhecimento.
Jean
Piaget explica o desenvolvimento cognitivo considerando os elementos afetivos
como complementares e essenciais. O pensador enfatiza o papel regulador da
afetividade por meio de sentimentos de pressão e depressão – processo
fundamental, por exemplo, para o desenvolvimento da inteligência
sensório-motora, que para Piaget ocorre entre os 6 e os 8 meses de idade e da
fala, que se inicia aos 2 anos. O pensador conclui que se toda conduta possui
um aspecto afetivo (energético) e estrutural (cognitivo) é fundamental o
rompimento da dicotomia entre afetividade e inteligência; ambos devem ser
estudados e levados em conta no desenvolvimento infantil.
Henri
Wallon defendeu que o ser humano se constrói na interação social, no confronto
com o outro. Mesmo o desenvolvimento motor e sensório é fortemente influenciado
pela qualidade dos afetos experimentados pelas crianças. Nesse sentido, não
apenas o estado afetivo pode resultar em facilidades ou dificuldades na
aprendizagem, como o sucesso ou o fracasso na aprendizagem têm o poder de
afetar o estado afetivo. Wallon também salienta como as emoções e sentimentos
podem contaminar um grupo de alunos e o quanto um ambiente afetivo que promova
sentimentos como a alegria pode ser capaz de auxiliar verdadeiramente nos
resultados em sala de aula.
ATIVIDADE
Pesquise sobre o tópico a seguir:
1. Qual relação podemos traçar sobre as religiões e a
afetividade?
SEXUALIDADE
A
sexualidade é um conceito que está baseado na atração sexual e na afetividade compartilhada
entre as pessoas. É muito comum pensar em sexualidade e logo remeter ao sexo.
Todavia, ela pode estar relacionada com outras maneiras pela busca do prazer e
também com os sentimentos compartilhados. Note que o termo “sexo” refere-se ou
aos órgãos genitais ou ao ato sexual. A sexualidade é muito relativa e pessoal,
visto que o que pode ser considerado prazeroso para alguns, pode não ser para
outros. Além disso, ela se desenvolve de acordo com as experiências de cada
pessoa.
Segundo
a Organização Mundial da Saúde (OMS):
“A
sexualidade faz parte da personalidade de cada um, é uma necessidade básica e
um aspecto do ser humano que não pode ser separado de outros aspectos da vida.
Sexualidade não é sinônimo de coito (relação sexual) e não se limita à
ocorrência ou não de orgasmo. Sexualidade é muito mais que isso, é a energia
que motiva a encontrar o amor, contato e intimidade e se expressa na forma de
sentir, nos movimentos das pessoas, e como estas tocam e são tocadas. A
sexualidade influencia pensamentos, sentimentos, ações e interações e,
portanto, a saúde física e mental. Se saúde é um direito humano fundamental, a
saúde sexual também deveria ser considerada um direito humano básico.”
Note
que a sexualidade está presente em todas as fases da nossa vida. Geralmente, o
desejo sexual surge na puberdade, por volta dos 12 anos, sendo uma
característica natural dos seres humanos.
Atualmente,
a “Orientação Sexual” é um tema transversal que deve ser abordado nas escolas
como forma de compreender esse conceito e de todos os outros que se relacionam
com ele: sexo, afetividade, gênero, métodos contraceptivos, aborto, gravidez na
adolescência, doenças sexualmente transmissíveis, etc.
Gênero e Identidade de Gênero
O
conceito de gênero está relacionado com o de sexualidade posto que faz
referência aos gêneros masculino e feminino. A identidade de gênero é, por sua
vez, o gênero com o qual o indivíduo se identifica. Nesse caso, existem pessoas
que desde crianças nascem com determinado sexo, no entanto, se identificam com
outro. Esses são chamados de transgêneros. Importante destacar que a violência
de gênero é gerada pelo preconceito com o sexo oposto. Ela envolve agressões
físicas, verbais e psicológicas. Geralmente são mulheres que sofrem com esse
tipo de violência. Vale ressaltar que práticas machistas e sexistas estão
relacionadas com a violência de gênero. Além disso, temos o conceito de
androcentrismo onde o pensamento masculino é colocado no centro.
Orientação Sexual e Afetividade
A
orientação sexual é outro aspecto importante da sexualidade humana. Isso
dependerá do gênero que atrai uma pessoa. Um indivíduo pode ser considerado
heterossexual quando a atração e os sentimentos ocorrem entre pessoas do sexo
oposto. Esse tipo de relação é chamada de heteroafetiva. Os homossexuais ou
homoafetivos são aqueles que se sentem atraídos por pessoas do mesmo sexo. E
por fim, há os bissexuais ou biafetivos onde o interesse e afetividade envolve
os dois gêneros.
Sexualidade e Religião
Como
diferentes religiões lidam com o tema da sexualidade na sociedade
contemporânea? Como importantes bandeiras da luta pelos direitos sexuais, como
a união civil entre pessoas do mesmo sexo e o direito ao aborto, são
contempladas por certas crenças religiosas? Quais os limites de interferência
da religião nas esferas pública e política no que se refere ao exercício da
sexualidade e à conquista dos direitos sexuais? O livro polemiza estas e outras
questões com textos que reproduzem o discurso de religiosos, em seminário
dedicado ao diálogo entre distintos atores sociais (religiosos, acadêmicos e
ativistas).
A
publicação permite antever um panorama de posicionamentos doutrinários
contemporâneos não contemplado em pesquisas no Brasil, assinalando as formas de
regulação da sexualidade em contextos religiosos. As mudanças recentes
apresentam-se no contraste entre perspectivas hegemônicas e minoritárias.
Tensões são evidenciadas, relativas aos direitos humanos e ao exercício da
sexualidade. Por exemplo, enquanto a Igreja Católica mantém a condenação
oficial de práticas abortivas e uso de contraceptivos, como os preservativos,
cresce o número de mulheres pobres que morrem em situações de aborto
clandestino. O discurso religioso cristão – em uma perspectiva hegemônica – se
apresenta com uma grande carga de concepções morais apesar de propagar a idéia
de ‘acolhida’ de homossexuais: são difundidas nesse universo representações que
caracterizam as práticas homossexuais como “pecado”, “anormalidade” e
comportamento que se opõe ao “plano divino”. O aborto permanece como tema tabu
em diferentes cenários religiosos, quase sempre condenado, a partir da
valorização e respeito à vida humana. O embate travado em torno da proposta
evangélica de reversão da homossexualidade por meio de terapias e/ou conversão
religiosa ressalta a complexidade da articulação entre religião e sexualidade.
Homossexualidade, aborto e AIDS:
convicções e responsabilidades
O
primeiro conjunto de textos (Religião e seus posicionamentos I) aborda a
aceitação/condenação da homossexualidade em distintas perspectivas religiosas,
chamando a atenção pra o conservadorismo das doutrinas quando o assunto é
sexualidade.
A
posição oficial da Igreja Católica é contrária à prática da homossexualidade,
principalmente a partir de um posicionamento acerca da legitimidade do projeto
de Parceria Civil: “a Igreja Católica não admite que se façam comparações entre
a união entre pessoas do mesmo sexo e o matrimônio no sentido cristão do
termo”. Por outro lado, o catolicismo comporta posturas mais flexíveis no convívio
cotidiano entre fiéis e sacerdotes, como mostra o sacerdote franciscano Antônio
Moser, ao comentar sobre a crescente sensibilidade pastoral para o atendimento
a homossexuais no Brasil.
Outro
posicionamento cristão abordado é o da Igreja Anglicana, que concebe a
homossexualidade como “incompatível com as Sagradas Escrituras”. Nesse sentido,
a Diocese Anglicana do Recife chega a proibir a ordenação de clérigos
homossexuais ou de heterossexuais “que defendam a normalidade da opção
homoerótica”. A Igreja Presbiteriana no Brasil (em uma perspectiva hegemônica)
também condena a homossexualidade como “pecado”, alinhada a outras denominações
protestantes, portadoras de uma ética sexual puritana centrada em perspectiva
literalista da Bíblia. Já a visão do espiritismo kardecista considera a
existência de uma trajetória do espírito em sucessivas vidas. A teoria da
reencarnação compreende a homossexualidade como uma tendência/personalidade
adquirida em experiências vivenciadas em diferentes encarnações. Do ponto de
vista dos ensinamentos doutrinários, a homossexualidade pode ser significada
também como uma “prova”, possibilidade de “educação dos sentimentos” através
dos sofrimentos e lutas interiores.
A
segunda seção (Religião e seus posicionamentos II) apresenta uma perspectiva
mais ampla, incluindo a discussão sobre o aborto. Também destaca os
posicionamentos favoráveis à homossexualidade. A atuação da ONG
feministaCatólicas pelo direito de decidir, chama a atenção para a pluralidade
de pensamentos no catolicismo, e assinala os conflitos que se estabelecem entre
forças conservadoras e progressistas. No interior de uma Igreja que sustenta
firmemente sua posição combativa ao aborto, surge como uma voz dissonante que
defende a descriminalização e legalização do aborto. Outro discurso minoritário
é o de igrejas protestantes “liberais” como a Igreja Presbiteriana Bethesda de
Copacabana, no Rio de Janeiro, que “aceita” a homossexualidade a partir da
proposta de uma igreja inclusiva e liberal. Já o culto afro-brasileiro aparece
como religião mais flexível à presença de homossexuais.
Os
textos da terceira seção (Experiências e propostas em redes religiosas)
consistem em relatos de líderes religiosos sobre pastorais de atendimento a
pessoas com Aids e homossexuais e também de pesquisadores-ativistas em
trabalhos de prevenção à Aids e outras DSTs. O grupo ecumênico Convivência
Cristã abriga pessoas que se sentem excluídas de espaços religiosos que
condenam a homossexualidade, permitindo a possibilidade de conciliação entre
opção sexual e exercício da fé religiosa. No caminho oposto, perspectivas
religiosas de vertente evangélica/protestante como o Corpo de psicólogos e
psiquiatras cristãos, prometem a reversão da homossexualidade por meio de
terapias e/ou conversão. Nesse sentido, a psicóloga religiosa Rosângela Justino
polemiza ao afirmar que “há pessoas em todo o Brasil procurando apoio para sair
da homossexualidade”.
O
catolicismo é enfocado através do relato de iniciativas que acolhem portadores
de HIV. O padre Valeriano Paitone, criador de casas de apoio a pessoas
vitimizadas pela Aids, critica o moralismo oficial da Igreja e ressalta a
responsabilidade das religiões em favor dos direitos humanos. Para ele, a
Igreja deveria rever sua posição sobre temas que ainda considera tabu, como a
Aids – o que permitiria que muitos trabalhos realizados com desviantes da norma
religiosa saíssem da clandestinidade. Destaco ainda nesta seção, os relatos dos
pesquisadores Luis Felipe Rios e José Marmo sobre representações da sexualidade
entre adeptos do candomblé, cuja proposta interventiva é voltada à formação de
sujeitos sexuais.
O desafio dos direitos humanos
O
livro debate e explicita a complexidade da tarefa de promoção de um diálogo
entre diferentes visões de mundo. Perspectivas doutrinárias e cosmológicas
estão em jogo, em diálogo com tradições religiosas. Valores caros à promoção
dos direitos humanos, como respeito à diversidade sexual e a não estigmatização
das minorias sexuais, indicam a necessidade premente de indagação sobre as
formas de abordagem e de regulação da sexualidade em discursos religiosos. Indo
além, questionam as conseqüências sociais e políticas de tais posicionamentos.
O desafio que aqui se coloca diz respeito ao impasse referente a conciliar
diferentes convicções com as responsabilidades sociais em questão. A leitura do
livro é um bom ponto de partida aos interessados no tema, por proporcionar um
panorama geral e apresentar as tendências contemporâneas religiosas sobre a
sexualidade.
ATIVIDADE
Pesquise sobre o tópico a seguir:
2. O que nos apresenta o Catecismo da Igreja Católica e
outras fontes das diversas religiões sobre a sexualidade?
DROGAS
As
drogas são definidas como toda substância, natural ou não, que modifica as
funções normais de um organismo. Também são chamadas de entorpecentes ou
narcóticos. A maioria das drogas são produzidas à partir de plantas (drogas
naturais), como por exemplo a maconha, que é feita com Cannabis sativa, e o
Ópio, proveniente da flor da Papoula. Outras são produzidas em laboratórios
(drogas sintéticas), como o Ecstasy e o LSD. A maioria causa dependência
química ou psicológica, e podem levar à morte em caso de overdose. . Existem
exames médicos que conseguem detectar a presença de várias drogas no organismo
- são chamados de Exames Toxicológicos. As pessoas que tentam abandonar as
drogas podem sofrer com a Síndrome de Abstinência, que são reações do organismo
à falta da droga. O tráfico de drogas é chamado de narcotráfico. Algumas dessas
substâncias são utilizadas em medicamentos (drogas lícitas), outras são
proibidas em quase o mundo todo (drogas ilícitas).
Abaixo
os principais tipos de drogas:
Drogas Naturais
Maconha: uma das drogas mais populares, a maconha é
consumida por meio de um enrolado de papel contendo a substância. É feita a
partir da planta Cannabis sativa. Existe a variação chamada Skunk, com um teor
de THC bastante elevado, bem como o Haxixe.
Ópio: droga altamente viciante, o Ópio é feito a partir
da flor da Papoula. Os principais efeitos são sonolência, vômitos e náuseas,
além da perda de inteligência (como a maioria das drogas). Opiáceos: codeína, heroína, morfina, etc.
Psilocibina: é uma substância encontrada em fungos e cogumelos,
a Psilocibina tem como principal efeito as alucinações. Também é utilizada em
pesquisas sobre a enxaqueca.
DMT - Dimetiltriptamina:
A principal consequência do seu consumo são perturbações no sistema nervoso
central. Utilizada em rituais religiosos.
Cafeína: é o estimulante mais consumido no mundo - está no
café, no refrigerante e no chocolate.
Cogumelos Alucinógenos:
alguns cogumelos, como o Amanita muscaria podem causar alucinações.
Drogas Sintéticas
Anfetaminas - Seu principal efeito é o estimulante. É muito
utilizada no Brasil por caminhoneiros, com o objetivo de afastar o sono e poder
dirigir por longos períodos.
Barbitúricos - Um poderoso sedativo e tranquilizante, causa
grande dependência química nos seus usuários.
Ecstasy - Droga altamente alucinógena, causa forte
ansiedade, náuseas, etc.
LSD - Outro poderoso alucinógeno que causa dependência
psicológica.
Metanfetamina - Era utilizada em terapias em muitos países, mas
foi banida pelo uso abusivo e consequências devastadores da droga.
Drogas Semi-Sintéticas
Heroína - A heroína é uma das drogas mais devastadores,
altamente viciante - causa rápido envelhecimento do usuário e forte depressão
quando o efeito acaba.
Cocaína e Crack - A cocaína é o pó produzido a partir da folha de
coca, e o crack é a versão petrificada dessa droga. Altamente viciante,
deteriora rapidamente o organismo do drogado, causando também perda de
inteligência, alucinações, ansiedade, etc.
Morfina - É uma droga utilizada principalmente para o
alívio de dores em todo o mundo. Também causa dependência química nos seus
usuários.
Merla - droga produzida a partir da pasta de coca.
Oxi - outra droga derivada da pasta de cocaína.
Outras Drogas: inalantes,
solventes, bebidas alcoólicas, cigarro
Bebidas
Alcoólicas
Boa
noite Cinderela
Cola
de Sapateiro
Etanol
e suas consequências
Inalantes
Lança
Perfume
Cigarro
e os Males do Cigarro
Efeitos
da Nicotina e Alcatrão
Charuto
Narguilé
Medicamentos
Muitas
drogas são utilizadas em medicamentos, para o tratamento de diversos problemas
de saúde e doenças.
Tranquilizantes - remédios de venda controlada, para controle da
tensão, insônia e ansiedade.
Ansiolíticos - utilizados no tratamento contra a ansiedade.
ATIVIDADE
Drogas e a Sociedade
Pesquise sobre os tópico a seguir:
3. Crack: o craque do time da morte
4. Cracolândia
5. Toxicomania
6. Drogas: o crack e os novos termos
7. Drogas nas escolas do Brasil
8. Fumante passivo - conheça os riscos que as pessoas
que convivem com fumantes estão correndo.
9. Leis Antifumo - muitos países já estão proibindo o
fumo em locais públicos, veja como são as leis antifumo no Brasil.
10. Narcotráfico na Ásia
11. Tráfico internacional de drogas
12. Drogadição
13. Intoxicação por maconha
14. Qual o papel da religião frente a realidade das
drogas?
As
drogas causam atualmente um grande problema na sociedade. Algumas iniciativas
importantes foram criadas para evitar que a juventude entre nesse mundo sem
volta (na maioria das vezes).
A
EXPERIÊNCIA RELIGIOSA NA BUSCA DE SUPERAÇÃO DA FINITUDE HUMANA
A
questão religiosa e o envelhecimento Antes de se estabelecer a relação que se
pretende fazer entre religião, finitude e envelhecimento, é preciso apresentar
uma definição (ou o quanto isso seja possível) de religião. Só assim poder-se-á
propor, com um mínimo de coerência, a relação acima proposta. Entende-se que a
religião pode ser compreendida como uma experiência universal da humanidade; ou
seja, todas as civilizações ou culturas, por mais que queiram afirmar o
contrário, apresentaram alguma forma de manifestação religiosa. Numa
perspectiva antropológica, isso ocorre pela necessidade que o ser humano tem de
tentar compreender o mistério que o envolve e sua respectiva relação vital
entre ele e o próprio mistério. Assim, independentemente de qualquer que seja a
religião, ela e suas repercussões estão presentes em toda a história da
humanidade.
O
problema que se coloca é como interpretá-la, considerando as diversas maneiras
de manifestação presenciadas em todas as sociedades humanas e em todas as
culturas até então conhecidas. Uma primeira tentativa é encará-la a partir de
uma designação latina, denominada reler. Nessa definição encontrasse a ideia de
que a religião deve ser entendida como uma atenta e cuidadosa observância dos
rituais. Outra interpretação coloca a religião como o ato de reeleger. Aqui sua
definição se apresenta como uma opção básica de vida diante da meta última em
que se encontra todo ser humano. Finalmente, outra interpretação é apresentada
pelo verbo religar, cujo sentido refere-se a uma vinculação do ser humano com
sua origem e seu destino. O fato é que, qualquer que seja a definição, depara-se
diante de uma constatação antropológica concreta: o ser humano sempre se
defrontou ou se envolveu, de alguma forma, com a questão religiosa. Como nos
diz João Batista Ferreira:
Religião, re-ligação, sutura, é vinculação e, por
isso, mesmo, mais antiga manifestação do espírito do homem, ser “desterrado” e
incansável caçador da “arca perdida”. Interessa à sociologia, encharca a
história e está como pergunta inquietante em cada um, tornando-se fenômeno de
grande densidade psicológica. (FERREIRA, 1988, p. 145)
Assim,
a religião jamais vai deixar de ter lugar na história da humanidade e nem vai
deixar de inquietar o espírito humano, mesmo que se procure afirmar o
contrário, como se pode perceber em várias interpretações sócio psíquico científicas
contemporâneas. O fato é que se está experimentando uma situação contrária
àquela que se esperava ou se preconizava, por exemplo, no espírito cientificista
do século XIX. Quando se acreditava que a ciência, colocando em questão a
vocação da espécie humana à vida, seria capaz de afirmar que o ser humano
estaria com os dias contados, caminhando para a extinção, constata-se um
aumento cada vez maior de expressões e manifestações religiosas, vivenciadas em
ondas de misticismo, de rituais e outras formas em todo o mundo, inclusive em
países considerados ou chamados de desenvolvidos.
Não
se pode negar a possibilidade de o ser humano estar caminhando para a própria
destruição, independentemente de qualquer interpretação científica ou
religiosa. Esses indícios da vocação à morte, como espécie, se
tornam
explícitos no comportamento e nas atitudes de atentados contra a natureza. O
ser humano, diante dessa situação, fruto de uma razão cínica, se torna
pessimista e sem esperanças de sociabilidade e de manutenção de valores éticos
e cidadãos. Tal quadro mostra – para muitos como uma realidade contraditória –
que a única possibilidade de sobrevivência e a única resposta razoável se
encontram na religião, entendida como ato de “re-ligação”, como utopia, como
esperança. Por isso que religião, ainda que pareça “coisa do passado”, alimenta
não apenas o ato de recordação, mas de atualização e, até mais do que isso, de
utopia e esperança. É o que afirma Regina Novaes, numa abordagem que faz em seu
texto “Religião e Antropologia”.
Ao
contrário do que se esperava no final do século, nós temos um ressurgir das
religiões; um ressurgir forte e um pouco diferente daquilo que é a religião
tradicional. Por quê? Antes da Modernidade, entre o ser e o crer não havia
diferenças. As pessoas eram alguma coisa porque elas tinham uma visão de mundo
religioso que as colocava no mundo. Ninguém optava por uma religião. Havia uma
identidade entre o ser e o crer. É apenas neste final do século, a partir da
Modernidade, que vai-se colocar entre o ser e o crer a idéia da opção na
religião. Há uma série de opções que estão sendo colocadas a cada momento. Tem
gente que até radicaliza e refere-se que nós estamos vivendo hoje um momento de
supermercado de tendências religiosas. É bem possível se construir bens religiosos.
É bem possível de manhã ir à missa, de tarde jogar I Ching, à noite fazer
trabalhos com pirâmides. Enfim, é possível a todos procurar e misturar
tradições para responder, de novo, às questões, simples e fundamentais, do tipo
“Quem somos nós?”, “De onde viemos e para onde vamos?”. Isto é quase como
dizer: “Qual é o sentido da vida?”
Com
isto, até especialistas em religião têm que ficar na moda, e estão sendo chamados
para trabalhos sérios, porque também estão à procura das grandes explicações.
Partindo-se desse aspecto, é possível afirmar que a religião se torna uma dimensão
humana de fundamental importância para a compreensão também do processo de
envelhecimento. Mas, dois elementos devem ser enfatizados diante dessa
afirmação. O primeiro é o fato de que a religião não está dissociada dos demais
aspectos da vida humana e que tem uma peculiaridade a ser observada. O segundo
é que não deveria ser de qualquer religião que se está falando, mas daquela, ou
daquelas, que alimentam a esperança e a utopia, não como instrumentos de
alienação, mas de libertação. Talvez seja essa a questão mais complicada na
discussão a respeito da religião. Infelizmente não é essa a temática
fundamental da presente reflexão, deixando-a para outro momento.
O
que está em pauta, então? É o fato de que a religião coloca também na sua forma
de interpretação do mundo o problema da finitude e, consequentemente, da
própria morte. E essa é uma realidade cada vez mais presente para aqueles que
se deparam e adquirem consciência da limitação da vida, normalmente dos que
vivem o processo de envelhecimento depois de passar pela juventude e pela
maturidade. A escritora Lya Luft, numa conversa que teve com o grande
psicanalista Hélio Pellegrino, mostra o significado da finitude, quando escreve
o que se segue:
Vida, morte e Deus, foram temas comuns em nossas
intermináveis conversas, que duravam por vezes horas e horas. A crença na
transcendência do ser humano, na continuação da vida em alguma outra forma, da
imortalidade do que chamamos “alma”, “consciência”, “energia” ou seja lá o que
for, nos era comum. Igualmente, a presença da morte, assunto no qual,
brincando, ele dizia que eu devia ser Phd, segundo se via em seus romances.
(LUFT, 1988, p. 221)
Qual
é, portanto, o grande desafio enfrentado pelo ser humano? É o fato de que ele é
finito e caminha para a morte. Essa é uma certeza inevitável e com a qual
torna-se necessário conviver. Como diz Rubem Alves: “Livres para morrer, os
homens estariam livres para viver” (ALVES, 1990, p. 128). Talvez esta seja a
grande lição que se pode tirar da relação entre religião, finitude e
envelhecimento: é preciso encarar a morte como presença e possibilidade, mas de
tal maneira que ela não tolha a capacidade inata no ser humano de ser criador
da própria história. Já é tempo de valorizar o tempo, não como cronologia, que
nos conduz para a certeza da finitude, mas como kairós, ou seja, como
experiência constante de criação e experiência do novo que se faz a cada
momento. Assim, a experiência religiosa oferece sua contribuição, projetando a vida
para o futuro, como esperança e utopia, fazendo com que o ser humano acredite
cada vez mais nas suas potencialidades e acredite no seu tempo presente. Diz
Ernest Bloch: “Onde está a esperança ali também está a religião” (ALVES, 1990,
p. 128).
E
o leitor, perplexo, em busca de uma certeza final, perguntaria: “Mas, e Deus,
existe? A vida tem sentido? O universo tem uma face? A morte é minha irmã?”. Ao
que a alma religiosa só poderia responder: “Não sei. Mas eu desejo ardentemente
que assim seja. E me lanço inteira. Porque é mais belo o risco ao lado da
esperança que a certeza ao lado de um universo frio e sem sentido...”. (ALVES,
1990, p. 128-129)
VERDADES DE FÉ
1. DEUS
Em
toda a história da humanidade o homem não cessa de buscar a Deus. Esta busca se
dá através das orações, sacrifícios, cultos, meditações, ações, entre outras
formas. Mas como podemos conhecer a Deus, se nunca O vimos? Podemos conhecer a
Deus mediante Suas obras e mediante a nossa Fé. A fé é a resposta do homem a
Deus que se revela e a ele se doa, trazendo ao mesmo tempo uma luz
superabundante ao homem em busca do sentido último de sua vida. Como podemos
falar de Deus? Nosso conhecimento de Deus é tão limitado, como também é
limitada nossa linguagem sobre Deus. Só podemos falar de Deus através das
criaturas vivas ou dos recursos naturais que conhecemos, e segundo nosso modo
humano limitado de conhecer e pensar.
De
qualquer forma, temos que nos lembrar e ter sempre conosco, dentro de nossos
corações, que todas as criaturas trazem em si uma certa semelhança com Deus. O
homem guarda características tão dignas como a verdade, a bondade, a beleza, a
caridade, o amor…Tais características não podem ter outro autor senão o Todo
Poderoso. Todas estas características contemplam, portanto, o Seu Autor. Assim como uma obra de arte reflete sempre,
de alguma forma, o seu autor, também nos devemos refletir nosso Criador. “Sem o
Criador a criatura se esvai”.
Como entender Deus Criador?
Deus
criou o mundo segundo Sua sabedoria. O mundo procede da vontade livre de Deus
que quis fazer as criaturas participarem do Seu Ser, da Sua sabedoria e da sua
bondade. Que haveria de extraordinário se Deus tivesse tirado o mundo de uma
matéria preexistente? Quando se dá um material a um artesão, ele faz do
material tudo o que quiser e souber. Se este fato confere a este artesão um
lado criador, tanto mais será nada para criar tudo o que Sua Vontade e
Sabedoria desejam. Deus parte do Nada e cria o mundo, dentro dele, o homem. Uma
vez que Deus pôde criar do nada, pode, através do Espírito Santo, dar vida da
alma aos homens, com o objetivo de mantê-los sempre junto Dele, mas ao mesmo
tempo, deixando o homem livre para escolher essa união. Já que pela sua palavra
pôde fazer resplandecer a luz a partir das trevas, pode também dar a luz da fé
àqueles que a desconhecem. Dessa forma, a criação é uma obra querida por Deus
como um dom que foi dirigido ao homem; como uma herança que lhe é destinada e
confiada.
Entretanto,
Deus transcende a criação, pois é infinitamente maior que todas as Suas obras.
Por ser o Criador soberano e livre, causa primeira de tudo o que existe, Ele
está presente no mais intimo das suas criaturas. Segundo as sábias e inspiradas
palavras de Santo Agostinho: “Ele é maior do que aquilo que há de maior em mim
e mais íntimo do que aquilo que há de mais intimo em mim”. Deus mantém e
sustenta a criação, pois não abandona a sua criatura a ela mesma. Não somente
lhe dá o ser e a existência, mas também a sustenta a todo instante e lhe dá o
livre-arbítrio. Reconhecer esta dependência completa em relação ao Criador é
uma fonte de sabedoria e liberdade, de alegria e confiança. Os estudos sobre
Deus (assuntos da Teologia) são elaborados considerando Deus na Unidade da
Natureza e na Trindade das Pessoas. Na Unidade da Natureza, o estudo de Deus é
dividido em três partes: a Existência, a Essência e os Atributos. Cada uma
destas características existe em Deus ao mesmo tempo e só foram separadas para
serem melhor explicadas e compreendidas.
1.1 A Existência
É
um artigo de fé e nos abre uma dupla possibilidade de conhecer a Deus: Uma
forma natural e uma forma sobrenatural.
Forma Natural: “Encontra-se Deus por meio da reflexão do mundo e
em nós mesmos” (São Paulo). Uma das maiores comprovações sobre a Existência de
Deus é a tendência dos homens pela busca da felicidade. Em cada homem esta
necessidade não pode ser satisfeita apenas pelo mundo e pelos seus bens.
Portanto, segundo Santo Agostinho, é preciso que haja um bem eterno capaz de
satisfazê-la e este bem é Deus. O conhecimento de Deus pela forma natural
baseia-se pelo fato de que como não vemos a Deus, O conhecemos por meio de
comparações devido às suas obras, pois não encontramos na Terra a essência de
Deus, mas sim suas obras. É através de suas criações que conhecemos que Deus
existe, como sua causa.
Forma Sobrenatural: “Deus é para nós que cremos um ‘Deus desconhecido’
ainda que à luz da fé o conheçam muito melhor do que à luz da razão” (Santo
Tomaz de Aquino). Segundo esta forma de conhecimento, crê-se em Deus em virtude
de uma revelação sobrenatural que é dada por meio da fé. A comunicação de Deus
conosco e sua manifestação dá-se por meio das graças.
1.2 A Essência
Estuda
o ser de Deus, sendo que a Existência e a Essência são inseparáveis em Deus. A
essência de Deus é compreendida através da revelação, onde Deus se revela e se
dá conhecer aos homens.
1.3 Os Atributos
São
as características através das quais podemos conhecer a Deus e distingui-lo das
criaturas. São todas as perfeições existentes em Deus, como por exemplo:
Deus
é UNO: a unidade de Deus é um dogma da Igreja. É entendido como uma unidade do
indivíduo levando ao monoteísmo. Este atributo foi mencionado em várias
passagens: “Vede que sou Eu somente e não há outro Deus exceto Eu”. (Dt 32, 39)
“Ouve Israel, o Senhor teu Deus é o único Deus”. (Mc 12, 29). Deus é SIMPLES
(PURO): em Deus nada se acrescenta ou se tira. A simplicidade de Deus é
entendida como um Deus livre de qualquer multiplicidade e dispersões próprias
das outras criaturas. É Deus em sua puríssima espiritualidade. Como exemplo,
podemos citar uma passagem onde Jesus atribui a Deus uma figura humana ao
chamá-lo PAI e ao mesmo tempo lhe atribui estado e morada acima de tudo o que é
material. Deus é IMUTÁVEL: Deus foi, é, sempre será o mesmo, com sua perfeição
e seu amor sem limites. Segundo Santo Tomaz de Aquino: “Só Deus é”. Deus é
ETERNO: Deus não teve início e não terá fim. “O Senhor é um Deus Eterno que
criou os extremos da Terra e que não se cansa nem se esgota”. (Is 40, 28).
Deus
é ONIPRESENTE: a onipresença de Deus nos oferece a possibilidade de nos unirmos
espiritualmente a Ele em qualquer tempo e condição e em qualquer lugar. Deus
está sempre conosco. Entretanto, de que serve Deus estar perto de nós se nós
estivermos longe Dele? Por isso em sua Bondade Infinita ele nos dá sua
Onipresença e nós, com nossa Fé, podemos encontrá-lo sempre que quisermos. Deus
é ONISCIENTE: Deus tudo sabe. A revelação é a maior prova da onisciência de
Deus. Deus é ONIPOTENTE: Deus tudo pode. Algumas passagens revelam com exatidão
esse atributo de Deus: “Para os homens isto é impossível, mas para Deus tudo é
possível”. (Mt 19, 25-26) “Pai, tudo Te é possível”. (Mt 14, 36).
2 – Jesus Cristo
Jesus
significa Deus Salva. Jesus nasceu em Belém, na Judéia, no ano 1 de nossa era.
Sua mãe é Maria e seu pai adotivo José. Seus avós maternos foram Joaquim e Ana.
A palavra Cristo do latim Christus ou Christos é semelhante à palavra Messias
(em hebraico), que significa Ungido. Portanto, Cristo significa Ungido do
Senhor, aquele que recebeu a Unção com óleo. O derrame com óleo sobre a cabeça
de alguém significava a consagração de um homem por Deus, como profeta,
sacerdote e rei.
A
vida de Jesus, seus ensinamentos, obras e palavras foram registradas nos
Evangelhos (Evangelho vem do grego Evangelion e significa boa nova, boas
notícias). É como foi chamada a mensagem de salvação e de redenção que Jesus
trouxe ao mundo.
2.1 O estilo do ensinamento de
Jesus.
Na
época de Jesus, a palavra escrita ainda não era facilmente disponível para a
comunicação em massa. Então, tornava-se essencial que um mestre apresentasse
seus ensinamentos de modo a serem claramente compreendidos e memorizados. Isto
exigia que o mestre fosse ao mesmo tempo um poeta e um contador de histórias, e
Jesus sem sombra de dúvidas, dominava ambos talentos. As parábolas cheias de
vida tirada da natureza ou essência humana são bem conhecidas e constituíram a
principal forma de ensinamento de Jesus. Elas incitavam os ouvintes para pensar
e descobrir diversos níveis de significados e aplicações.
2.2 Os principais ensinamentos.
Dentro
dos ensinamentos propostos por Jesus, existem dois temas predominantes: A
Verdade e Realidade e A Compreensão da Pessoa de Jesus. A Verdade e Realidade:
A Realidade que Jesus veio proclamar tem sido traduzida em Reino; Jesus
proclamou o Reino de Deus ou o Reino dos Céus. Não apenas proclamou, mas o
inaugurou quando deixou claro que “Um novo estado de coisas nasceu para o ser
humano”. Muitas foram às parábolas contadas sobre o Reino de Deus; dentre elas
Jesus disse: “O Reino dos Céus é como um mercador em busca de pérolas finas
que, encontrando uma de grande valor, vai e vende tudo o que tem e a compra”. “O
Reino de Deus não vem como sinais que possam ser observados, nem se poderá
dizer: ‘Eis o Reino aqui’ ou ‘Lá está o Reino’, pois o Reino de Deus está no
meio de vocês”.
Com
este tema, Jesus deixa evidente que temos que estar bem conosco mesmos com
nossos irmãos e com Deus, pois senão não podemos viver no Reino dos Céus. A
Pessoa de Jesus: Jesus referiu-se a si mesmo como o Filho do Homem. Essa
expressão pode apresentar várias interpretações, mas pode ser compreendida como
sendo uma intervenção pessoal de Deus nos assuntos humanos, não tanto através
da figura de um mensageiro, mas sim como a do inaugurador de um estado de
coisas entre os homens em que o Reino de Deus está efetivamente presente. Uma
das passagens em que Jesus se refere ao Filho do Homem: “O Filho do Homem não
veio para ser servido, mas para servir e dar a Sua vida em resgate de muitos”.
2.3 Seguir Jesus: o preço
Os
Evangelhos contém relatos de um período no qual Jesus passou no deserto em
solidão voluntária e onde ele enfrentou e resistiu a diversas tentações. Se o
próprio Filho de Deus sofreu tentações quanto mais nós as sofremos! Entretanto,
as tentações de Jesus podem ser vistas por nós como meios fáceis e mesquinhos
de se estabelecer o Reino. Quando Jesus reconheceu as tentações como tal, ele
viu-se face a face com o único caminho, o da entrega total, sem qualquer
recompensa ou retorno: o caminho do Amor puro e sem sentimentalismo. Jesus não
oferecia nenhum atrativo fácil. O preço para ser seu discípulo não haveria de
ser alto nem baixo, mas absoluto. Ele usou vários meios para transmitir esse
fato simples: usou poemas, parábolas e falou diretamente aos seus discípulos,
especificando qual seria o preço para si e, conseqüentemente, para eles. Jesus
era às vezes popular ou não. As autoridades de modo geral desconfiavam dele e o
temiam. O povo de Israel não acreditou que Ele era de fato o Messias Prometido,
pois esperava alguém glorioso e poderoso politicamente para libertá-los dos
romanos; queriam um Messias que lhes desse uma nação livre e poderosa.
Por
outro lado; Jesus era movido pelo amor e pela vontade de Deus. O amor exigia uma
reação amorosa aos sofrimentos do povo e Jesus com seu poder de cura era
clamorosamente ansiado, requisitado. Ele curava porque o amor exigia e pedia
aos que curava para agradecerem a Deus e ficarem em silêncio. Então, seguir
Jesus é uma opção e a livre entrega de si é a única expressão de amor que
existe; Jesus nos quer por inteiro, sem restrições, sem senão, sem porém.
Algumas de suas palavras mostram as atitudes esperadas de um seguidor de
Cristo:
“Se
alguém esbofeteia sua face direita, volta-lhe também à esquerda; se alguém quer
litigar com você para tirar-lhe a túnica, deixe-lhe também a camisa; se alguém
o forçar a caminhar uma milha, ande com ele duas”. “Amem aos seus inimigos;
façam o bem a quem os odeia; abençoem os que os maldizem; orem pelos que os
injuriam”. “Aquele que não toma a sua cruz e me segue não é digno de mim”. Finalmente,
analisando a vida de Jesus, constata-se que sua idéia-força, ou seja, o motivo
de sua existência era a realização da vontade do Pai. As primeiras palavras de
Jesus relatadas no Evangelho quando ele tinha doze anos e estava com os
Doutores da Lei foram: “Não sabíeis que devo ocupar-me das coisas de meu Pai?”
(Lc 2, 49). Jesus foi o homem mais autêntico e mais realizado que existiu sobre
a face da Terra que fez a vontade do Pai e, portanto fez exatamente o que
deveria fazer.
3 – Santíssima Trindade
A
Santíssima Trindade é um mistério de um só Deus em três Pessoas: Pai, Filho e
Espírito Santo.
Pai
que é Deus, que é Amor: somente o Pai que ama respeita a liberdade de seu filho.
Filho que é Jesus Cristo: é o Deus visível que se fez homem, nascendo da Virgem
Maria para cumprir a vontade de Deus de libertar os homens do pecado. Jesus é
Deus e as principais provas são:
O
próprio Jesus diz-se Deus (Jó 10, 30; Jó 14, 7; e Lc 22, 67-70).
Os
milagres eram feitos pelo próprio Jesus, e não por meio de Jesus.
Espírito
Santo que é o Amor do Pai e do Filho que nos é comunicado e transmitido.
Segundo o CREDO, Jesus foi concebido pelo Poder do Espírito Santo, nascido da
Virgem Maria. Maria foi então convidada a conceber Jesus e a concepção de Jesus
foi obra do poder do Divino Espírito Santo: “O Espírito virá sobre Ti…” A
missão do Espírito Santo está sempre conjugada e ordenada à do Filho, ou seja,
toda a vida de Jesus manifesta a vontade do Pai que por sua vez é manifestada
pelo Espírito Santo. Um fato dos Evangelhos é que os Apóstolos estavam com
muito medo após a morte de Jesus. Foi a descida do Espírito Santo sobre eles
que os transformou radicalmente e deu coragem para que saíssem anunciando o
Evangelho. O mesmo Espírito Santo que deu forças aos apóstolos e mártires é
recebido no sacramento da Crisma, e aí está a importância deste sacramento no
fortalecimento da Fé e na profissão do Cristianismo de cada um.
3.1 O Dogma da Santíssima Trindade.
A
Trindade é Una; não professamos três deuses, mas um só Deus em três Pessoas.
Cada uma das três Pessoas é a substância, a essência ou a natureza divina. As
pessoas divinas são distintas entre si pela sua relação de origem: o Pai gera;
o Filho é gerado; o Espírito Santo é quem procede. Ou seja, ao Pai atribui-se a
criação, ao Filho atribui-se a Redenção e ao Espírito Santo atribui-se a
Santificação. Resumindo, o mistério da Santíssima Trindade é o mistério central
da fé e da vida cristã. Só Deus pode nos dar a conhecer, revelando-se como Pai,
Filho e Espírito Santo.
Pela
graça do Batismo “Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo” somos chamados
a compartilhar da vida da Santíssima Trindade, aqui na Terra na obscuridade de
nossa fé e para além da morte, na luz eterna. Pela Confirmação ou Crisma, como
o próprio nome diz, somos chamados a confirmar essa fé ora recebida para que,
além de vivermos segundo a Palavra de Deus, darmos testemunho dela e levá-la
por toda à parte.
4 – Fé
A
Fé não é apenas uma simples crença em algo superior, mas é uma adesão pessoal a
um Deus pessoa que exige compromisso. O homem é livre para decidir se aceita ou
não a Deus e ao seu convite. Ao aderir a Deus e exercer a fé, o homem assume o
desafio da fé, aceitando também os Mandamentos, a vivência sacramental e a
fidelidade aos ensinamentos do evangelho. A partir daí, o homem passa a ter um
compromisso que irá orientar toda a sua vida. Como exemplo de homem de fé,
pode-se citar Abraão, que baseou sua vida e sua caminhada, bem como suas
aspirações, na promessa de Deus, quando a pedido de Deus saiu de sua terra em
busca do local prometido por Deus (Gn 12, 1-12) ou ainda quando Deus o provou
pedindo-lhe seu único filho em sacrifício (Gn 22, 2). Seguir a vontade de Deus
não é escravidão, mas sim liberdade. Quanto mais aceitamos Deus em nossa vida,
mais livres somos, e só podemos aceitar Deus sem qualquer limite quando temos
fé.
A
mensagem de Jesus demonstra que a fé é o princípio da vida religiosa. Cristo
começa sua pregação exigindo a fé de seus ouvintes: “Convertei-vos e crede na
Boa-Nova” (Mc 1, 15). A norma de salvação é acreditar no Evangelho e ser adepto
de Cristo. A fé então é um encontro com Cristo. É uma aceitação tão plena Dele
que vai nos transformando Nele. Acreditar em Deus é colaborar no seu plano de
crescimento, respeitando suas leis. Aceitar a Deus é confiar Nele, acreditar em
Seu amor por nós e deixar que Ele aja em nós. A fé não se mede pela
inteligência e não é um sentimento ou uma tradição. No dia-a-dia, a fé é aquela
entrega incondicional e amorosa de si a Deus Pai, Filho e Espírito Santo:
Nos
entregamos ao Pai porque somos suas criaturas;
Nos
entregamos ao Filho para seguir seus exemplos e viver como filhos de Deus;
Nos
entregamos ao Espírito Santo para que Ele nos impulsione e estimule na prática
do bem.
Crer
é dizer sim a Deus e confiar Nele de maneira absoluta; e a fé nos compromete a
realizar em nós, momento por momento, a vontade de Deus como ela se manifesta,
assim como fez Jesus Cristo. Dizer-se cristão, fazer promessas, freqüentar
eventos religiosos, usar distintivos, não é necessariamente sinal de Fé.
ATIVIDADE
Para responder e refletir:
Quem
é Deus para você?
Quais
são os atributos de Deus? O que significam?
No
dia-a-dia é possível notar a presença de Deus? Como?
Como
atuar o mandato de Jesus: “Tome sua cruz e siga-me” nos dias de hoje?
Quem
é Jesus Cristo para você?
Quem
é o Espírito Santo para você?
O
que você espera da Crisma? Você já pensou se precisa ou em que precisa mudar
sua vida?
Você
já sentiu a presença do Espírito Santo em sua vida? Quando?
Procure
notar quantas vezes em uma Missa, o celebrante pronuncia a palavra Espírito
Santo. Por que?
O
que é ter fé? Tenho fé?
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