IV BIMESTRE: Vamos conhecer o que dizem as tradições religiosas?
A CRIAÇÃO DO MUNDO
Existem
concepções da origem do mundo diferenciadas entre as tradições religiosas e
místico filosóficas. Na sequência, apresentamos a concepção de algumas destas
tradições.
AMORC - ANTIGA MÍSTICA ORDEM
ROSACRUZ: “Criação”, tal como a
concebem os Rosacruzes, não corresponde a um início propriamente, significando
com isso um “nada” anterior. Se há Criação, é preciso concordar que antes dela
nada havia, pois “criar” é formar algo que antes não existia. Mas “o Nada não
pode dar origem a alguma coisa”. Para a Ordem Rosacruz, há períodos de expansão
e de retração da essência do Ser Absoluto, chamado “Deus” por muitas culturas,
não limitado por tempo ou espaço, forma ou medida. Esta Inteligência Universal
pode contemplar-Se a Si mesma, e nessa fase não há expansão ou “Criação”.
Quando, contudo, o Ser se expande, dentro de Si mesmo, ou seja, quando Deus
movimenta sua própria energia no sentido de “condensar” realidades
aparentemente distintas de Si, existe o que chamamos de “Criação”. Assim é que
na Bíblia, por exemplo, os “seis dias” são uma forma simbólica de se referir
aos seis movimentos espirituais realizados pela Divindade, no sentido de
corporificar múltiplas realidades por todo o Universo, não só na Terra. Esses
movimentos espirituais chamados alegoricamente de “dias” na Bíblia, referem-se
ao místico número sete, presente em toda as tradições. A partir dessa nova fase
do Ser, a da expansão, há uma evolução gradativa das formas manifestadas, que
se complexificam, materialmente falando, enquanto as consciências (em todos os
reinos) se corporificam nessas estruturas materiais, evoluindo pela sua união
com ela. Assim, para a Ordem Rosacruz, houve um “movimento” espiritual da
Divindade Única no sentido de externar-se em múltiplas estruturas e criaturas,
por todo o Universo. Portanto, os rosacruzes são tanto criacionistas, no
sentido de que entendem que há uma Inteligência Absoluta determinante dos
mundos e dos seres; como evolucionistas, pois concordam que material e
biologicamente falando, essas estruturas (de rochas a corpos físicos das
plantas, animais e humanos, na verdade de todos os seres do universo)
precisaram de milhões de anos para evoluir e atingir os modelos que conhecemos
hoje. A alma viaja pela matéria, evoluindo com ela, até o dia em que matéria e
espírito se tornem, novamente, um só. Contudo, os seres criados não serão
dissolvidos novamente na Divindade, mas permanecerão em harmonia com Ela, para
novas Criações, em uma fase superior que hoje não podemos conceber. Para a
Amorc, finalmente, primeiro veio a Luz; com ela surgiu a Vida; e pela união de
ambas foi possível o Amor. (Jamil Salloum Jr., Ordem Rosacruz, Amorc, e-mail: rosacruz@amorc.org.br - site:
www.amorc.org.br)
IGREJA PRESBITERIANA DO BRASIL: A Igreja Presbiteriana do Brasil ensina para as
crianças que o mundo foi um ato de criação de Deus conforme a narrativa que
encontramos no livro de Gênesis na Bíblia. Deus no princípio criou os céus e a
terra, e em uma sequência de atos criativos, Deus separou a luz das trevas,
separou a água da terra, formou os peixes, os animais terrestres, as plantas e
no final o homem. Para o seu ato criativo, Deus utilizou apenas a sua palavra.
Essa narrativa simples da criação do mundo não é escrita de modo a querer
explicar a criação do mundo, mas apenas anunciar que Deus é criador. A
narrativa é escrita em forma de poesia e para cada ato de criação é seguido de
uma exclamação em que se declara que a criação é bela. Juntamente com a
narrativa da origem do mundo, ensinamos a importância de se cuidar da criação
divina, pois também na narrativa das origens encontramos o da criação do
primeiro casal humano: Adão e Eva, que são designados para cuidar do belo
jardim criado por Deus. Assim, os presbiterianos são ensinados a admirar o
mundo como símbolo da presença criadora de Deus e ensinam a ter
responsabilidade com a natureza e também com todo ser vivente. (Agemir de
Carvalho Dias, Igreja Presbiteriana; site: www.ipctba.org.br)
IGREJA ORTODOXA UCRANIANA: Deus criou o mundo e tudo o que nele há pelo poder
de sua Palavra, conforme a narrativa da Bíblia Sagrada, no livro de Gênesis. O
principal objetivo de toda a Criação é para que seja manifesta a glória, o
louvor e o amor do Criador. Após Deus haver criado todas as coisas em plena
harmonia, Ele criou o ser humano à sua imagem e semelhança e o incumbiu de
cuidar e preservar a Terra como um lugar onde a vida pudesse florescer e se
expandir. Mas o ser humano, dotado de livre arbítrio, escolheu desobedecer a
lei divina, e o resultado dessa desobediência trouxe a desarmonia, interferindo
de forma negativa na obra da criação. Todavia, apesar desse afastamento do ser
humano de Deus, Ele nunca o abandonou, movido por amor Deus enviou ao mundo seu
Filho Unigênito, Jesus Cristo, para que o ser humano tivesse a possibilidade de
restaurar seu estado original e a harmonia voltasse a reinar em nosso mundo.
(Jeremias Ferens, Igreja Ortodoxa Ucraniana na América do Sul; site:
www.eclesia.com.br)
ISLAMISMO: Tawhid é a crença de que o Universo e toda a
existência possuem uma divindade que os criou, que trouxe todas as coisas à
existência do nada e de que Ele sustenta e mantém tudo que existe. Com efeito,
criação, sustento, bênçãos, negação, morte, vida, doença, saúde etc., estão
tudo sob o Seu controle e desejo. “Seu comando é de tal maneira que quando Ele
deseja algo, Ele diz:’Seja’, e é” (Alcorão Sagrado, Ya Sin (36): 82). A
evidência para existência de Deus reside em tudo aquilo que nós vemos ao nosso
redor. O céu e tudo que nele há - o sol, a lua e todas as outras estrelas e
galáxias; as nuvens, os ventos, a chuva a terra e tudo aquilo que ela contém,
como rios e oceanos, as árvores e as frutas; os vários tipos de minas
preciosas, como o ouro, a prata e as esmeraldas, bem como as várias espécies de
animais - aqueles que voam e os outros que vivem na terra e no mar, tendo uma
variedade de sons, formas e tamanhos. E, além disso, ainda existe o ser humano,
que possui diversos sentimentos, habilidades e poderes sensoriais. Tudo isso
são evidências de um Ser Onisciente e Sapientíssimo. Criador no qual acreditamos
e a Quem adoramos, a Quem nós pedimos ajuda e em Quem confiamos. Allah, o
Altíssimo, possui vários atributos: Ele é Onisciente. Ele conhece todas as
coisas, pequena ou grande, bem como aquilo que existe no interior do coração
das pessoas. Ele é Poderoso e todas as coisas estão sob o Seu controle. Ele tem
o poder de criar coisas, de dar sustento a elas e deixar-lhes morrer ou
conceder-lhes vida.
Ele
é Eterno e nunca morrerá. Ele deseja coisas úteis e nunca desejará coisas
inúteis. Ele é Onividente, Ele ouve as vozes de todos os seres, ainda que seja
somente um sussurro. Sua existência é da eternidade para a eternidade. Ele
criou as coisas quando nada existia. Ele continuará vivendo quando tudo deixar
de existir. Ele fala a qualquer um dos Seus sinceros servos que desejar, como
Seus mensageiros e os anjos. Ele é Veraz e nunca quebra a Sua promessa. Ele é o
Criador, o Provedor, Aquele que concede a vida, a fonte de toda benção, detendo
o poder de interrompê-las também. Ele é Misericordioso, Indulgente, Majestoso, Honorável
e Generoso. Allah, o Altíssimo, é isento de defeitos. Ele não possui um corpo como
o nosso. Ele não é composto de partes e jamais poderá ser visto, nem neste
mundo nem no outro. Ele não é sujeito a efeitos, mudanças ou desenvolvimento.
Ele não sente fome ou envelhece. Ele não tem nenhum parceiro ou companheiro e é
o único Ser Supremo. Seus atributos não diferem de Sua essência. Com efeito,
Ele é e sempre será Poderoso e Onisciente, não como nós que somos ignorantes
num dado momento e então adquirimos conhecimento ou somos fracos num outro, e
então nos fortalecemos. Ele é Autossuficiente. Ele não necessita de nenhuma
consulta, ajudantes ou secretários e tampouco de exército para a Sua proteção
etc. (Gamal Fouad El Oumairi, Sociedade Beneficente Muçulmana do Paraná,IBEIPR)
ISKCON – HARE KRISHNA: A causa de esta existência material se deve ao
desejo das entidades vivas, por querer ser Deus, e assim do Brahman que é o
absoluto espiritual, em forma impessoal (do qual o todo emana e ao qual o todo
retorna) se criam infinitos universos. Antes da criação do universo só existia
o Brahman na forma não manifesta e mais nada, nem espaço e tempo, nem sóis e
planetas. Para satisfazer a vontade das entidades vivas (de todos nós), a
existência material se manifestou e sua energia operativa entrou em ação
começando o ciclo da expansão. Conforme os textos hindus, não existe um
conceito de começo ou de fim do universo. Se assim fosse, teria uma data
marcada para o começo e outra para o fim do universo. Os textos dizem que o
universo segue um processo contínuo de expansão e retração. Assim, quando o
ciclo começa, o universo começa existir, expande. No fim da expansão começa retrair
e se dissolve para começar tudo de novo (Ricardo Alfredo Cabrera – Ranchor,
ISKCON. e-mail: ranchordecuritiba@gmail.com)
TRADIÇÕES RELIGIOSAS
AFRO-BRASILEIRAS: No contexto
das tradições religiosas de matriz africana, o mito é revivido e atualizado
mediante o rito. Existem diferentes narrativas míticas para explicar a origem
do mundo e da vida. Entre essas narrativas citamos a seguinte: “Olorum era uma
massa infinita de ar. Um dia, como por encanto, lentamente, começou a respirar,
e uma parte desta massa de ar transformou-se em ar, dando origem a Orixalá. O
ar e a água continuavam a se mover, como uma dança; e eles mesmos foram se
misturando, se misturando e uma parte deles, juntos e misturados, deu origem à
lama. Dessa lama surgiu uma bolha avermelhada. Olorum maravilhou-se com essa
bolha e soprou sobre ela o seu hálito Emi e deu-lhe vida. Essa forma, em
permanente expansão e movimento, foi a primeira dotada de existência individual.
Era um rochedo avermelhado de laterita: EXU. Nossa existência é inaugurada pelo
sopro do hálito Emi ou do ar divino Ofurufu, produzindo a vida de tudo o que
existe neste mundo visível Àiyé e neste espaço único, massa infinita, sem local
determinado, sem começo nem fim, mundo invisível, real e vivo Òrun”. (Texto de
Dorival Braz Simões - Cebras, extraído do Caderno n. 7, do Curso de capacitação
para um novo milênio – Fonaper. site: www.cebras.org.br)
RITOS
BUDISMO: Uma prática do Budismo Mahayana começa pela
motivação e é finalizada com uma dedicação. Em nossas práticas no CEBB
Curitiba, orientado pelo Lama Samten, primeiro Lama a ser ordenado no Brasil,
cumprimos este ritual recitando da seguinte forma: Motivação: A intenção
principal ao praticarmos é a nossa aspiração de superarmos o nosso próprio
sofrimento e, ao mesmo tempo, contribuirmos para o alívio do sofrimento de
todos os demais seres. Na condição em que estamos isto não nos é possível, ou
nos é possível em escala limitada. Ao removermos os obscurecimentos que
encobrem a verdadeira natureza da nossa mente, a capacidade de trazermos
benefícios aos outros seres aumenta além de qualquer medida. Ao estabelecermos
esta motivação, propomo-nos a fazer a prática de forma diligente e concentrada,
de modo a rapidamente alcançarmos os seus objetivos. Dedicação: Que os méritos
deste encontro se expandam e toquem a todos. Que o mestre universal da paz e da
compaixão, Sua Santidade o Dalai Lama, juntamente com todos os mestres de todas
as tradições que veiculam esta mensagem, tenham longa vida. Que todos estejam
salvos de gerar pensamentos negativos, o obstáculo mais destrutivo.
Que
estes pensamentos nunca brotem em nossa mente e que todos os seres também
estejam livres de pensamentos negativos. (Trulshig Rinpoche). Ao longo de
muitas vidas, e até este momento, todas as virtudes que eu tenha alcançado,
inclusive o mérito gerado por esta prática, e todas as que vierem a conseguir,
ofereço para o bem-estar dos seres sencientes. Possam a doença, a guerra, a
fome e o sofrimento diminuir para todos os seres, enquanto sua sabedoria e
compaixão aumentam nesta e em vidas futuras. Possa eu claramente perceber todas
as experiências como sendo tão insubstancial quanto o tecido do sonho durante a
noite, e imediatamente despertar para perceber a manifestação de sabedoria pura
no surgir de cada fenômeno. Possa eu rapidamente alcançar a iluminação para
trabalhar sem cessar pela liberação de todos os seres. (Chagdud Tulku Rinpoche.
Bruno Davanzo. Centro de Estudos Budistas Bodisatva Curitiba - CEBB, site:
www.curitiba.cebb.org.br)
FEDERAÇÃO ESPÍRITA: Atendendo ao princípio cristão de que Deus deve
ser adorado em espírito e verdade, o Espiritismo proporciona a ligação da
criatura com o Criador sem a necessidade de intermediários circunstanciais, de
pessoas ou de ritos. Ciência de observação e doutrina filosófica de
consequências morais confirma os ensinamentos básicos de todas as religiões,
porém sem a presença de quaisquer práticas ritualísticas, sem liturgias, sem símbolos,
sem sacerdócio, sem sacramentos, não adota em suas reuniões e práticas
quaisquer paramentos ou vestes especiais, objetos materiais ou qualquer coisa
que se permita caracterizar por uma forma ou fórmula de culto externo. É uma
Doutrina que leva o indivíduo a uma autorreflexão a respeito da vida e das suas
responsabilidades e que tem por objetivo promover sua transformação moral. O
Espiritismo respeita todas as religiões e doutrinas, valoriza os esforços para
a prática do bem e trabalha pela confraternização e pela paz entre os homens,
independentemente de sua raça, cor, nacionalidade, crença ou classe social.
Para
o Espiritismo “o verdadeiro homem de bem é o que cumpre a lei de justiça, de
amor e de caridade, na sua maior pureza” (Adriano Lino Greca, Federação
Espírita do Paraná; site: www.feparana.com.br)
IGREJA CATÓLICA APOSTÓLICA ROMANA: Os Ritos Litúrgicos podem ter dois sentidos:
a)
Ritos das diversas Igrejas Católicas, que se podem agrupar em: ritos latinos
(tendo por base o rito romano e admitindo as variantes dos ritos ambrosiano,
hispânico e outros, como o bracarense); e ritos orientais. O Concílio Vaticano
II, na Const. Sacrosanctum Concilium, considera iguais em direito e honra todos
os ritos legitimamente reconhecidos (SC 4). A reforma litúrgica, determinada
por esta Constituição, aplica-se nos seus princípios gerais, a todos os ritos,
mas as normas práticas referem-se ao rito romano (SC.3);
b)
Ritos das celebrações litúrgicas. Estes ritos encontram-se descritos nas
rubricas dos livros litúrgicos (Missal, Pontifical, Rituais). As celebrações
litúrgicas (da missa, de sacramentos, de sacramentais) compõe-se de ritos
diversos, cada um deles com a sua história e significado espiritual. Nos ritos
há atitudes, gestos ou uso de coisas, e há as palavras do presidente, ministros
e assembleia que lhes dão sentido. São exemplos de ritos: o abençoar e o
benzer-se, o genuflectir diante do Santíssimo. Sacramento ou a inclinação
diante do presidente em funções, os cortejos da entrada, do ofertório, da
comunhão (na missa), os ritos essenciais dos sacramentos com a matéria e a
forma etc. Os Ritos da Piedade Popular: muitos destes ritos, chegados até nós
por uma tradição popular fortemente iluminada pela fé cristã. O Diretório da
Piedade Popular e Liturgia recolhe muitos deles em cinco capítulos da sua Parte
II, relativos ao Ano Litúrgico, à devoção à Maria, ao culto dos Santos, ao
sufrágio pelos defuntos e às procissões a santuários. São exemplos: pelo Natal,
armar o presépio, abençoar a ceia, beijar o Menino; pela Quaresma e Semana
Santa, a Via Sacra e a procissão do enterro; pela Páscoa, a visita pascal; ao
longo do ano, visita ao Santíssimo Sacramento, terço na igreja ou em família;
meses do Coração de Jesus, de Maria e outros; o Angelus; consagração a Nossa
Senhora; uso do escapulário, de crucifixos e medalhas; entronização de imagens
em casa; visita ao cemitério; peregrinação a santuário etc. Enfim, o rito é a
maneira como se celebra a Santa Missa, os demais sacramentos, a Liturgia das Horas
e demais celebrações litúrgicas e paralitúrgicas pela Igreja de Roma e pelas
Igrejas particulares (CNBB, Regional Sul II; site: www.cnbb2.org.br).
IGREJA ECUMÊNICA DA RELIGIÃO DE
DEUS: Dentre as tradições
da Religião de Deus está a peregrinação à sua sede espiritual, o Templo da Boa
Vontade (TBV), uma pirâmide de sete faces localizada em Brasília/DF. Aclamado
pelo povo uma das sete maravilhas da capital do Brasil, o Templo da Paz é o
monumento mais visitado da cidade. O TBV singulariza o ideal pioneiro de
promover o Ecumenismo sem restrições, sendo símbolo do congraçamento
espiritual-humano a guiar os Seres no caminho da Fraternidade Ecumênica.
Fundado por José de Paiva Netto, Presidente-Pregador da Religião de Deus, em 21
de outubro de 1989, já recebeu mais de 20 milhões de peregrinos e turistas de
todo o mundo, por ser um espaço aberto às diversas crenças e filosofias.
Trata-se de “um teto sob o qual não somente os Seres Humanos, mas também os
Espirituais (porque a morte não existe: há vida em outras dimensões) sentem-se em
Paz e reconhecem que a Terra é essa morada coletiva”, na definição de seu
fundador. Pelo menos uma vez por ano os Cristãos do Novo Mandamento de Jesus —
assim chamados os adeptos da Religião de Deus — peregrinam ao TBV, em uma
manifestação de Fé, realizada na busca do fortalecimento espiritual. (Rosiel
dos Santos, Igreja Ecumênica da Religião de Deus; site: www.tbv.com.br)
IGREJA EPISCOPAL ANGLICANA DO
BRASIL: A Igreja Episcopal
Anglicana do Brasil, parte da Comunhão Anglicana, como é conhecida em nível
internacional, está presente em mais de 160 países, e possui mais de 800
milhões de membros. Ela é conhecida principalmente por seus ritos e liturgias, cristalizadas
no Livro de Oração Comum, que desde o século XVI oficialmente conduz o povo
episcopal anglicano na sua adoração e celebração da vida, em todos os
continentes e línguas. O Livro de Oração, que desde seu início o povo teve
acesso, pois sempre esteve no vernáculo do país, facilita o louvor, a adoração,
a comunhão com Deus e com os irmãos e irmãs, e é, também, instrumento de
renovação e aprofundamento da fé batismal e do compromisso que cada um de seus
membros tem no seguimento a Jesus, de amar e servir com misericórdia. Além
disso, o livro permite viver e experimentar o perdão, promover o ministério da
reconciliação, agir profeticamente (anuncia e denuncia) e ajuda na
transformação da sociedade e do mundo, à luz da justiça e da paz. Ainda, sua
liturgia é um instrumento de ensino. O que cremos sobre os sacramentos, o
Batismo, a Santa Eucaristia, sobre o Matrimônio Cristão, sobre a morte, está
exposto nos ritos específicos, o que cremos é o que rezamos. Como toda liturgia
cristã bíblica, ela não se presta como instrumento de alienação ou fuga do
mundo. Na verdade ela tem, lembrando a Cruz de Cristo, duas dimensões: a
vertical, que nos “conecta” com os Céus, com Deus, e a horizontal, que nos
lembra de nosso compromisso com todas as pessoas e com toda a criação. (Naudal
Gomes, Diocese Anglicana do Paraná. site: www.ieab.org.br)
IGREJA ORTODOXA UCRANIANA: A Igreja Ortodoxa é muito rica em rituais e cada
ritual tem o seu significado. Na Liturgia Eucarística realiza-se o Rito da
“Proscomidia” que é a preparação do pão fermentado e do vinho para ser
consagrado. Ainda é realizado o rito do incenso, das velas, da pequena e grande
entrada, do abrir e fechar as portas e cortinas do Iconostácio, as metanias
(prostrações), procissões ao redor da Igreja no domingo de ramos, dia do
padroeiro, exaltação da Santa Cruz, Dia da Ortodoxia e procissão com o Santo
Sudário e Pascal.
No
Rito das Bênçãos temos a bênção solene das águas, velas, incenso, ramos,
flores, sementes, ervas medicinais, frutas, mel e do Kólivo, que é uma iguaria
feita de grão de trigo cozido e temperado com mel e sementes de papoulas e é
oferecido em memória dos falecidos, além das bênçãos de casas, dos animais, das
lavouras etc. Nos Ritos Sacramentais temos: Batismo, Apresentação, Consagração,
Crisma, Confissão, Comunhão, Unção dos Enfermos, Ordem, Tonsura Monástica,
Subdiácono, Leitor, Salmista, Cantor e Cirefários. Nos Ritos Tradicionais: Ceia
de Natal com 12 pratos da culinária ucraniana sem carne e sem gordura, visitações
às famílias cantando as “Koliadás” (canções de Natal), o desjejum Pascal com os
alimentos específicos bentos na madrugada de Páscoa durante uma procissão ao
redor da Igreja; o ritual do “Korovái”, bolo especial para casamento com o qual
é feita a dança tradicional dos noivos e depois repartido entre os
participantes da festa; o “Trêzna”, almoço fúnebre de confraternização que a família
oferece para todos que participaram dos funerais de um ente querido; e muitos
outros ritos que são relacionados com a Fé e a Cultura do povo ucraniano
(Jeremias Ferens, Igreja Ortodoxa Ucraniana; e-mail: bishop_jeremiah@ig.com.br;
site: www.eclesia.com.br)
IGREJA PRESBITERIANA DO BRASIL: Os ritos na Igreja Presbiteriana, que segue a
tradição reformada, são marcados pela singeleza. O fiel é instado a buscar a
presença de Deus em espírito e em verdade (Evangelho de João 4.24). A liturgia
segue uma ordem que revela o sentimento da presença de Deus, a quem se deve
adorar de todo o coração, bem como, a contrição que cabe ao pecador, diante do
Santo Deus. As orações devem brotar da alma, na sinceridade do coração,
evitando-se fórmulas repetitivas. As celebrações são marcadas com o objetivo de
reforçar a história da salvação, principiando com a mensagem da páscoa cristã,
a qual se refere ao marco da morte e ressurreição de Cristo. O Filho de Deus
veio ao mundo para redimir os homens dos seus pecados e conduzi-los a Deus.
Isto, Cristo fez quando morreu na cruz, purificando-nos e ressurgindo dentre os
mortos, conferindo-nos a vida eterna. A comemoração da Ceia do Senhor tem por
significado a lembrança deste sublime acontecimento, tornando o crente seguro
de sua confiança na bendita graça de Deus. Como ponto central na liturgia da
Igreja Presbiteriana, encontra-se a proclamação da Palavra Deus. O seguidor de
Cristo não apenas louva e clama a Deus, mas escuta a voz do Senhor. À pregação
das Escrituras Sagradas deve-se dar integral atenção, com vistas a um viver
diferenciado, conforme a vontade de Deus. Como lema, pode-se destacar o texto de
Habacuque 2.20: “O Senhor, porém, está no seu santo templo; cale-se diante dele
toda a terra” (Juarez Marcondes Filho; site: www.ipctba.org.br)
IGREJA MESSIÂNICA MUNDIAL DO BRASIL: Denomina-se culto ao ato de prece coletiva
realizado mensalmente no Solo Sagrado, nas unidades religiosas e nos lares onde
há altar. Seu objetivo básico é manifestar a gratidão a Deus. As orações
matinais e vesperais realizadas nas unidades religiosas não são consideradas
cultos e sim orações ou preces coletivas. Da mesma forma, são as orações
individuais ou em grupos realizadas diante do altar com objetivos específicos.
Comemorativos
no Solo Sagrado de Guarapiranga, nos dias 15 de Junho (Culto do Paraíso
Terrestre), 02 de Novembro (Culto às Almas dos Antepassados) e 23 de Dezembro
(Culto Comemorativo do nascimento do Fundador da Igreja – Meishu-Sama). Nos
cultos mensais e especiais e também nas orações matinais e vesperais na Igreja
Messiânica Mundial do Brasil são entoadas as seguintes orações: Oração
Amatsu-Norito – entoada em japonês –, uma oração de origem milenar, que se
acredita possuir uma forte vibração espiritual capaz de purificar o ambiente e
o espírito de quem a entoa, facilitando assim a chegada a Deus dos pedidos do
homem; seguido pela Oração Messiânica, em português. Em cerimônias com presença
de convidados (apresentação de crianças, casamento e funeral) entoa-se a Oração
do Senhor em lugar da Oração dos Messiânicos. (Texto extraído da publicação
“Proposta de Ensino Religioso” - Gustavo Roberto de Sá Pereira, Igreja
Messiânica Mundial em Curitiba. e-mail: pereiradesa@hotmail.com)
ISLAMISMO: Analisando a oração islâmica e estudando sua
natureza única, observamos que não se trata só de um exercício físico ou de uma
declamação vazia da sagrada escritura. Constitui uma fórmula sem igual e sem
precedentes de meditação intelectual e devoção espiritual, elevação moral e
exercício físico combinados. É uma experiência exclusivamente islâmica, em que
cada músculo do corpo se une à alma e à mente para adorar e glorificar a Deus.
Difícil para explicar com palavras o pleno significado da oração islâmica, se
bem que podemos dizer que: É uma prática de devoção a Deus e a todos os
objetivos beneméritos; É uma prática de devolução a Deus e a todos os objetivos
beneméritos; É uma vigilância recordação de Deus, assim como uma revelação
constante de sua bondade; É uma semente de cultivo espiritual e moral; É uma
guia para um estilo mais reto de vida; É uma salvaguarda contra a indecência e o
mal, contra os desvios censuráveis e a perdição; É uma expressão de gratidão a
Deus e agradecimento até Ele; É uma demonstração de autêntica igualdade, sólida
unidade e irmandade; É um meio de paz e estabilidade interior; É uma fonte
abundante de paciência e valor, de esperança e confiança. Esta é a oração
islâmica e a forma como ela pode curar o homem. O melhor testemunho desta
afirmação radica em experimentar a oração, aproveitar-se de seus gozos
espirituais. Só assim saberemos o que realmente significa. (Gamal Fouad El
Oumairi, Instituto Brasileiro de Estudos Islâmicos; site: www.ibeipr.com.br)
SEICHO-NO-IE: Seicho-No-Ie significa “caminho do progredir
infinito” e ensina a qualquer pessoa manifestar a perfeição de Filho de Deus
através de práticas. Não existe originalmente rituais ou cerimônias do estilo
Seicho-No-Ie para matrimônios, funerais e outros diversos eventos da vida. Isso
porque a Seicho-No-Ie é aberta, acomoda tudo e é uma doutrina que, venerando os
antepassados de cada pessoa, reconhece e valoriza a religião tradicional deles.
A cerimônia solene praticada é a Cerimônia em Gratidão aos Antepassados.
Cerimônia
esta que ocorre em todas as associações, na qual cada pessoa escreve de próprio
punho o sobrenome de suas famílias, antepassados que já partiram para o mundo
espiritual e anjinhos abortados; e com a leitura da Sutra Sagrada Chuva de
Néctar da Verdade, transmite vibrações de amor e gratidão a todos eles, pela
oportunidade de viver neste momento aqui na Terra. Tem-se como norma
fundamental na Seicho-No-Ie a prática da meditação Shinsokan todos os dias sem
falta. Shinsokan é uma prática meditativa espiritual, na qual todo o corpo se
identifica com a Verdade = Deus.
TRADIÇÃO RELIGIOSA AFRICANA E/OU
AFRO-BRASILEIRA: A liturgia do
candomblé reverencia a memória dos orixás. A prática é feita por aqueles que
acreditam serem seus descendentes. Orixá é o nome dado às divindades trazidas
ao Brasil pelos negros escravizados da África ocidental. Uma das principais cerimônias
é a invocação aos orixás, realizada nos terreiros. No evento são feitas oferendas
às divindades com suas cores, insígnias, comidas características, danças e
saudações. Outro ritual é feito pelas sessões de atendimento espiritual e
desenvolvimento mediúnico por meio de atos como amacis (lavagem da cabeça do
médium com ervas energéticas), e obori (limpeza espiritual para preparação do
médium e feitura de santo). O Afoxé se configura em um rito festivo que
homenageia as divindades e faz a purificação espiritual através de um desfile
de bloco carnavalesco. Há ainda outras grandes celebrações anuais como a festa de
São Cosme e Damião e a festa dos Pretos Velhos, festa de Ogum e a tradicional
festa de Yemanjá, conhecida como a Deusa do mar. É preciso entender que a
Umbanda, nascida e praticada no Brasil, com a fusão de várias religiões, apesar
de várias raízes de origem africanista, não tem similar, nem mesmo na África;
ela não lida com orixás (Deuses do Panteão Africano) propriamente ditos; mas
incorpora em seus adeptos, caboclos, pretos-velhos, crianças, baianos,
boiadeiros, espíritos da água, eguns, exus e outros, que são entidades
desencarnadas da Terra. (Dorival Braz Simões; site: www.cebras.org.br)
ORIGEM DA VIDA
AMORC - Antiga e Mística Ordem
Rosacruz: Muitas teorias
surgiram para explicar a vida. Basicamente, elas dividem-se em duas
proposições: a primeira entende a vida como tendo surgido espontaneamente, por
interação eletroquímica; a outra afirma que a vida não é material, mas utiliza
a matéria. Os Rosacruzes combinam ambas as proposições. Para eles, a vida
[chamada por eles de “Força Vital”] é uma das forças cósmicas emanadas pela e
na Divindade; é primeiramente imaterial. Quando atinge sua fase máxima de
densificação e surge a matéria sólida, a vida evolui lentamente para a
consciência de si mesma, o que só ocorre no homem, com o fenômeno da
autoconsciência. A consciência é um atributo da Força Vital e também é
universal. Os Rosacruzes afirmam que tudo é vida e não há morte, só mudança de
fase ou frequência. A pedra é tão viva quanto o homem, mas não tem seu
potencial de consciência.
No
sentido lato, a vida está por todo o universo, em diferentes graus de
manifestação (Jamil Salloum Jr., Ordem Rosacruz, Amorc, e-mail:
rosacruz@amorc.org.br; site: www.amorc.org.br)
BUDISMO: Se você for um poeta, verá claramente que há uma
nuvem flutuando nesta folha de papel. Sem uma nuvem, não haverá chuva; sem
chuva, as árvores não podem crescer, e sem árvores, não podemos fazer papel. A
nuvem é essencial para que o papel exista. Se ela não estiver aqui, a folha de papel
também não pode estar aqui. Logo, nós podemos dizer que a nuvem e o papel é
intersão. “Interser” é uma palavra que não está no dicionário ainda, mas se
combinarmos o prefixo “inter” com o verbo “ser”, teremos este novo verbo
“interser”. Se olharmos ainda mais profundamente para dentro desta folha de
papel, nós poderemos ver os raios do sol nela. Se os raios do sol não estiverem
lá, a floresta não pode crescer. De fato, nada pode crescer. Nem mesmo nós
podemos crescer sem os raios do sol. E assim, nós sabemos que os raios do sol
também estão nesta folha de papel. O papel e os raios do sol, intersão. E, se
continuarmos a olhar, poderemos ver o lenhador que cortou a árvore e a trouxe
para ser transformada em papel na fábrica. E vemos o trigo. Nós sabemos que o
lenhador não pode existir sem o seu pão diário e, consequentemente, o trigo que
se tornou seu pão também está nesta folha de papel. Olhando ainda mais
profundamente, nós podemos ver que nós estamos nesta folha também. Isto não é
difícil de ver, porque quando olharmos para uma folha de papel, a folha de
papel é parte de nossa percepção. A sua mente está aqui dentro e a minha também.
Então podemos dizer que todas as coisas estão aqui dentro desta folha de papel.
Você não pode apontar uma única coisa que não esteja aqui – o tempo, o espaço,
a terra, a chuva, os minerais do solo, os raios de sol, a nuvem, o rio, o
calor. Tudo coexiste com esta folha de papel. Você simplesmente não pode “ser”
por você mesmo, sozinho. Você tem que “interser” com cada uma das outras
coisas. (Texto extraído do livro O Coração da Compreensão. Comentários ao Sutra
do Coração. Prajnaparamita Sutra. Thick Nhat Hank, p.14-17, Editora Bodigaya).
Alguns
mestres budistas ao serem indagados se acreditavam em Deus, responderam que se
Deus é amor, sabedoria e bondade, então isso é algo que o Budismo compartilha.
Porém a filosofia budista tem dificuldades em aceitar a ideia de Criador.
Quando acessamos nossa verdadeira natureza o conceito de origem perde o
sentido, não há início ou fim, mas a incessante manifestação de nossa
verdadeira natureza, livre e luminosa. Sua Santidade, o Dalai Lama, vê com
naturalidade que as tradições espirituais tenham pontos divergentes, mas vê
também que as principais tradições espirituais têm muito mais pontos em comum,
ou seja, como transformar nossos corações e atitudes para que possam refletir a
bondade, o amor e a sabedoria (Bruno Davanzo, Centro de Estudos Budistas
Bodisatva Curitiba, e-mail: curitiba@ caminhodomeio.org; site:
www.paramitta.org/site).
ESPIRITISMO: Em O Livro dos Espíritos, Allan Kardec coloca o
tema em pauta sob a análise dos Espíritos superiores, nas questões 44 e 45: De
onde vieram os seres vivos para a Terra? A Terra lhes continha os germes, que
aguardavam momento favorável para se desenvolverem. Os princípios orgânicos se
congregaram, desde que cessou a atuação da força que os mantinha afastados, e
formaram os germes de todos os seres vivos.
Estes
germens permaneceram em estado latente de inércia, como a crisálida e as
sementes das plantas, até o momento propício ao surto de cada espécie; então os
seres de cada espécie se reuniram e se multiplicaram. Onde estavam os elementos
orgânicos antes da formação da Terra? Achavam-se, por assim dizer, em estado
fluídico no Espaço, entre os Espíritos, ou entre outros planetas, à espera da
criação da Terra para começarem a existência nova em novo globo. Segundo o
Espiritismo, a vida é o resultado da complexa evolução comprovada pela Ciência.
Allan Kardec, em A Gênese, atesta a formação da camada gelatinosa depois das
altas temperaturas e resfriamento pelo qual passou o nosso planeta, na época de
sua constituição, há cinco bilhões de anos. Há o aparecimento do protoplasma e
toda a cadeia evolutiva. A diferença entre Ciência e Espiritismo é que o
segundo faz intervir a ação dos Espíritos no processo de evolução. Os
Espíritos, para o Espiritismo, foram criados simples e ignorantes com a
determinação de se tornarem perfeitos. Para isso, necessitam do contato com a
matéria. O princípio inteligente estagiando na ameba adquire os primeiros
automatismos do tato; nos animais aquáticos, o olfato; nas plantas, o gosto; nos
animais, a linguagem. Hoje somos o resultado de todos os automatismos
adquiridos nos vários reinos da natureza. Assim, no reino mineral adquirimos a
atração; no reino vegetal, a sensação; no reino animal, o instinto; no reino
hominal, o livre-arbítrio, o pensamento contínuo e a razão. (Federação Espírita
do Paraná. Izildinha Regina da Silva Castagini. site: www.feparana.com.br )
IGREJA CATÓLICA APOSTÓLICA ROMANA: A posição da Igreja Católica Romana tem como base a
Biologia, que afirma que a vida começa com a fertilização. A Igreja aceita essa
postura, que é uma postura da ciência e, em decorrência disso, defende que a
dignidade humana começa com a fecundação e não como querem alguns, dias depois,
quando começa a atividade cerebral dos embriões. Um embrião é um ser humano com
vida própria, com identidade genética própria e a vida é dom de Deus, a vida
não é uma mera invenção da ciência, sujeita a manipulação, como algo de menor
grandeza. Se o embrião é um ser humano, ele possui um valor ontológico que lhe
dá a dignidade de um ser humano, independente se ele ainda não é capaz de
estabelecer relações, ou de comunicação. A fecundação gera a vida de um ser humano
e nela está o dom de Deus plenamente. (Mario Antonio Betiato, site:
www.cnbb.org.br)
IGREJA ORTODOXA UCRANIANA: Acreditamos piamente que a origem de toda a vida
está no Todo Poderoso, Onipresente sem princípio e sem fim. O Onipotente é quem
criou todo o visível e o invisível e guarda tudo com o Seu poder. Criou o homem
segundo a Sua Imagem e Semelhança dotando-o de livre arbítrio e, por isso, não
interfere nas decisões do homem.
Como
imagem e semelhança do Criador protegemos a vida desde a sua concepção até o
seutérmino natural usando todos os meios possíveis para defendê-la contra o
aborto, suicídio, eutanásia e cremação; pois estas atrocidades agridem a nós
mesmos, que somos imagem e semelhança do Criador. (Jeremias Ferens, Igreja
Ortodoxa Ucraniana na América do Sul; site: www.eclesia.com.br)
IGREJA EPISCOPAL ANGLICANA DO
BRASIL: O pensamento
anglicano a respeito da vida é bíblico, concentra-se no livro de Gênesis. Homem
e mulher foram criados a imagem e semelhança de Deus. “Fomos dotados por Deus
com uma capacidade de liberdade na tomada de decisões. Podemos escolher nossos
próprios rumos e lealdades. Somos livres, podemos, entretanto, usar mal nossa
liberdade.” (Dom Luiz Osório Prado). A teologia da criação fala da criação
contínua, Deus não para de criar, a criação é um dom de Deus. Ele ou Ela
continua criando e renovando sua criação. A vida é obra de Deus, por isso deve
ser respeitada. Seguimos o princípio de Jesus: o direito à vida plena e
abundante. A doutrina da criação voltasse para a revelação e pretende
demonstrar que o mundo pertence a Deus. Com isso, quer situar o homem e a
mulher na perspectiva da imagem de Deus para afirmar o parentesco fundamental
que tem com o criador ( Pensamento do teólogo Anglicano Frederick D. Maurice.
Carmen Etel Gomes, Diocese Anglicana de Curitiba; e-mail: ceag_92701@yahoo.com)
IGREJA PRESBITERIANA DO BRASIL: Deus é a origem da vida na visão defendida pela
Igreja Presbiteriana do Brasil. O universo e a vida foram criados por Deus com
o objetivo de manifestar o poder, a sabedoria e a bondade de Deus. A Confissão
de fé da Igreja Presbiteriana não explica como se deu o processo da criação. A
afirmação teológica procura estabelecer três elementos: a vida não subsiste sem
a sustentação que vem de Deus, é na relação com a sua fonte inicial de poder
que a vida é possível; há uma ordem sábia no universo, a vida não é uma
sucessão de acasos; e o propósito presente no universo é refletir a bondade de
Deus. Juntamente com a ideia de criação, a afirmação de fé da Igreja
Presbiteriana estabelece também o conceito de providência: Deus é o preservador
da vida. (Agemir de Carvalho Dias, Igreja Presbiteriana, site: www.ipb.org.br)
IGREJA DE JESUS CRISTO DOS SANTOS
DOS ÚLTIMOS DIAS: A sua
existência não começou de repente, no momento em que você nasceu. Você vivia
feliz na presença do Pai Celestial (Deus), mas Ele sabia que você precisava de
algo mais para progredir. Você não tinha um corpo físico, como tem agora, e
precisava da oportunidade para ganhar experiência própria, longe da presença do
Pai, mas com a capacidade de comunicar-se com Ele e receber ajuda. Portanto,
Ele enviou-o à Terra, na esperança de que você volte para Ele e receba tudo o
que Ele tem para lhe dar. Antes de nascer, você viveu com o seu Pai Celestial,
como um de seus amados filhos espirituais. Você O conhecia e amava, e Ele
conhecia e amava você. Você esqueceu a vida que levou antes de nascer, mas o
Pai Celestial não. Ele conhece e ama você, e quer que você O conheça e ame
também. O maravilhoso plano do Pai Celestial é que, seguindo-o, você não
somente poderá voltar a Ele depois de morrer mas também que pode encontrar paz
e felicidade nesta vida. (Marcelo Villela de Lucca, site: www.lds.org.br)
IGREJA MESSIÂNICA DO BRASIL: Tudo que existe é composto de três elementos
básicos. O nascimento e o desenvolvimento de todas as coisas dependem da
energia destes três elementos: o Sol, a Lua e a Terra. O Sol é a origem do
elemento Fogo; a Lua, a origem do elemento Água; a Terra, a origem do elemento
Solo. Por princípio, o elemento da matéria é o Solo. Qualquer pessoa sabe que
toda matéria surge do Solo e retorna ao Solo. O elemento Água, que é meio
matéria, procede da Lua e está contido no ar. O espírito, entretanto, não é
matéria nem meio matéria; irradiado do Sol, é imaterial, e por esse motivo sua
existência até hoje não foi comprovada. Resumindo: o Solo é matéria; a Água é
meio matéria; o Fogo é imaterial. Da união desses três elementos surge a
energia. Cientificamente, quer dizer que os três, como partículas atômicas
infinitesimais, tão pequeninas que estão além da imaginação, fundem-se e agem conjuntamente.
Eis a realidade do Universo. Portanto, a existência da umidade e a temperatura
adequada para a sobrevivência das criaturas no espaço em que respiramos, são
decorrentes da fusão e harmonização do elemento Fogo e do elemento Água. Se o
elemento Fogo se reduzir a zero, restando apenas o elemento Água, o Universo
ficará congelado instantaneamente. Ao contrário, se restar apenas o elemento
Fogo, e o elemento Água se reduzir a zero, haverá uma explosão e tudo se anulará.
Os elementos Fogo e Água unem-se com o elemento Solo, e dessa união produz-se a
energia que dá existência a todas as coisas.
Desde
a antiguidade o homem é considerado um pequeno universo, porque o princípio
acima se aplica ao corpo humano. Isto é, o Fogo, a Água e o Solo correspondem,
respectivamente, ao coração, ao pulmão e ao estômago. O estômago digere o que é
produzido pelo Solo; o pulmão absorve o elemento Água; o coração, o elemento
Fogo. Sendo assim, podemos compreender por que esses órgãos desempenham papel
tão importante na constituição do corpo humano. Entretanto, até hoje o coração
é visto apenas como órgão bombeador do sangue, o qual, cheio de impurezas, é
levado ao pulmão para ser purificado pelo oxigênio. Assim, ele é tido
unicamente como órgão do sistema circulatório, pois se desconhece por completo
a existência do elemento Fogo. (Extraído do livro Alicerce do Paraíso, v. 2, p.
60. Gustavo Roberto de Sá Pereira, Igreja Messiânica em Curitiba, e-mail:
pereiradesa@hbotmail.com)
TESTEMUNHAS DE JEOVÁ: A Bíblia, como a Palavra de Jeová Deus, é bem
clara em explicar a origem da vida. O primeiro livro da Bíblia, Gênesis,
explica isso. O relato alista 10 principais estágios, na seguinte ordem: (1) um
princípio; (2) uma Terra primitiva em trevas, e envolta em pesados gases e em água;
(3) a luz; (4) uma expansão ou atmosfera; (5) grandes áreas de terra seca; (6)
plantas terrestres; (7) sol, lua e estrelas, tornando-se discerníveis na
expansão, e o início das estações; (8) monstros marinhos e criaturas voadoras;
(9) animais selváticos e domésticos, mamíferos; (10) e o homem. Jeová Deus
formou o homem do pó do solo, soprou-lhe nas narinas o fôlego de vida, “e o
homem veio a ser uma alma vivente” (Gên. 2:7). Depois de Adão ter sido criado,
Jeová Deus fez cair um profundo sono sobre o homem; e, enquanto este dormia,
tirou-lhe uma das costelas e usou-a para fazer a mulher. Jesus Cristo
acreditava nisto, pois no evangelho de Mateus 19:4, encontramos suas palavras:
“Em resposta, ele disse: “Não lestes que aquele que os criou desde [o]
princípio os fez macho e fêmea” (Alexandre Ianino. Tel. (41) 3015 3408. E-mail:
ianino@brturbo.cxom.br Site: www.watchtower.org)
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