“Fraternidade e Políticas Públicas de Meio Ambiente”
Tema Eixo:
“Fraternidade e Políticas Públicas
de Meio Ambiente”.
Lema Eixo:
Então Deus contemplou toda a sua criação, e eis que tudo era muito bom. (Gn
1,31)
A
Criação: Deus Se Manifestou
"A
ira de Deus se revela do céu contra toda impiedade e perversão dos homens que
detêm a verdade pela injustiça; porquanto o que de Deus se pode conhecer é
manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou. Porque os atributos
invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria
divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo
percebidos por meio das coisas que foram criadas. Tais homens são, por isso,
indesculpáveis..." (Romanos 1:18-20).
Todos
nós conhecemos a história da criação. É uma história tão fantástica, tão
maravilhosa e tão simples que a lembramos desde a nossa mocidade, e agora
também a contamos para os nossos filhos. E às vezes, talvez justamente por sua
simplicidade, ficamos contentes em deixar que o relato bíblico da criação seja
relegado às aulinhas dominicais das crianças, enquanto os adultos estudam
assuntos "mais profundos". Mas, será que a história da criação é
somente uma "historinha" para as crianças?
Vamos
lembrar primeiramente que "Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil
para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça,
a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda
boa obra" (2 Timóteo 3:16-17). Se Deus revelou alguma coisa, é porque ele
quer ensinar algo de valor para o nosso crescimento espiritual.
Em
sua forte exortação aos cristãos de Roma, o apóstolo Paulo apelou para a
criação como um ato singular que por si só é prova da existência de Deus. Ele
disse que Deus é justo em julgar com ira os que o rejeitam, porque, pela
criação, os homens deveriam reconhecer claramente "os atributos invisíveis
de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade"
(Romanos 1:18-20). Quando olharmos para a criação, devemos ver o Deus vivo que
está por trás dela. Até mesmo as pessoas que nunca leram a Bíblia são
responsáveis de reconhecer que Deus existe, pois ele se manifestou em sua obra
criadora (veja Salmo 19:1-4). Nós, os que somos abençoados por termos a Bíblia
em nossas mãos, devemos olhar para a criação do modo como Deus a revelou em
Gênesis capítulo 1. O que aprendemos na criação sobre o eterno poder e a divindade
de Deus?
Os
céus e a terra foram criados por Deus "no princípio" (Gênesis 1:1).
Sendo este o caso, então o que existia antes do princípio? A única resposta é:
Deus! O Criador, necessariamente, deve existir antes de sua criação. Deus é um
ser eterno: ele existia já antes do princípio, e existirá depois de toda a
criação ser desfeita (veja Isaías 41:4; 44:6; 2 Pedro 3:9-12). Deus é um ser
poderoso: ele teve a força de criar do nada "os céus e a terra," ou
seja, tudo o que há no universo, fora e dentro do nosso planeta (veja Hebreus
11:3; Atos 17:24; Colossenses 1:15-17). O Criador, necessariamente, é senhor de
toda a sua criação. Deus, por seu eterno poder, criou e governa os céus e a
terra.
"...E
o Espírito de Deus pairava por sobre as águas" (Gênesis 1:2). Deus é
espírito: ele não é material como a sua criação, e não será encontrado através
de meios materiais. A verdadeira busca de Deus será uma busca espiritual (veja
João 4:23-24; Atos 17:24-25, 29).
A
terra, no princípio, estava sem forma: antes de Deus usar seu eterno poder para
organizar, tudo estava em caos (Gênesis 1:2). Além disso, a terra estava vazia:
antes de Deus criar, havia uma imensidão de nada, um abismo vazio. E ainda
mais, a terra jazia em trevas: antes de Deus trazer a luz, havia somente uma
escuridão profunda. A partir desta situação original da terra, observemos a
maneira de Deus trabalhar, assim aprendendo muito sobre a sua divindade (sua
natureza como ser divino).
A
primeira coisa necessária para andarmos com segurança é a luz. Então, a
primeira coisa que Deus fez em sua obra criadora foi de converter a situação
geral da terra de trevas para luz. Deus é luz por sua própria natureza (veja 1
João 1:5-7), e tudo o que ele faz é para manifestar a luz da verdade.
Notemos
que Deus criou a luz, bem como a maior parte de sua criação, simplesmente pelo
poder de sua palavra! "Disse Deus: Haja luz; e houve luz" (Gênesis
1:3). Deus falou, e assim se fez (veja Gênesis 1:6-7, 9, 11, 14-15, 20, 24). O
poder de Deus tanto para criar como para manter a sua criação reside na sua
palavra! (veja Hebreus 1:1-3). Esse fato deve nos confortar extremamente, pois
a mesma palavra poderosa que Deus usou para criar o mundo foi, com amor,
colocada aqui em nossas mãos por ele! Quando verdadeiramente entendermos isto,
teremos muito mais cuidado em como usarmos a Bíblia. Quem somos nós para mudar
esta palavra tão poderosa, a fim de torná-la "mais suave" aos nossos
ouvidos ou aos ouvidos de outras pessoas para a quem a pregamos? Com esse poder
vem a grande responsabilidade de seguir e pregar somente aquilo que Deus
revelou. Pois, ele é o Senhor, e é a palavra dele que tem o eterno poder da
criação (veja Isaías 55:6-11).
Tendo
resolvido o problema da luz, Deus converteu o caos em ordem. Onde a terra
estava sem forma, Deus criou e fez a separação entre o céu azul (a atmosfera),
a terra firme e os mares. Assim, o poder criador da palavra de Deus coloca
todas as coisas em sua própria ordem.
Quando
refletimos sobre a palavra de Deus, geralmente pensamos em termos de seus
mandamentos, como os dez mandamentos, por exemplo. Uma outra palavra para
mandamento é ordem. A natureza de Deus é de ordenar, e suas ordens são dadas
para organizar e manter sua criação. Quando a criação desobedece as ordens de
Deus, o resultado é desordem. Isto se torna óbvio quando olhamos ao redor para
o nosso mundo de hoje. A desordem está por toda parte - homicídios, adultérios,
homossexualismo, vícios, etc. - porque os homens (parte da criação de Deus!)
têm rejeitado a ordem que Deus manda em sua palavra. Será possível gozar da
ordem perfeita de Deus somente quando obedecemos e ensinamos os outros a
obedecerem também a palavra dele.
Depois
de haver criado um lugar bem organizado e com bastante luz, Deus olhou para a
sua criação e viu que ainda estava vazia. Notamos que é a natureza de Deus
encher todas as coisas com o bem, para a glória dele. Assim, ele transformou o
estado vazio da terra, colocando plantas sobre a terra firme, planetas e
estrelas no céu, e animais na terra, nas águas e no céu. Podemos ver que Deus
colocou ordem em tudo, governando até a reprodução das espécies de plantas e
animais com a sua palavra (Gênesis 1:11-12,21,24-25).
Quando
tudo estava perfeito e bem ordenado de acordo com seus planos, Deus criou o
homem e o colocou no meio. Olhando bem para o relato da criação, podemos ver
que Deus fez tudo já pensando neste
último passo. Por que criar e dividir a luz das trevas? É claro que Deus não
precisava da luz, já que ele existia antes dela! Por que separar terra firme e
céus? Deus é Espírito e não precisa de lugares físicos para sua moradia (veja 1
Reis 8:27; Atos 17:24). Por que fazer plantas e animais, estrelas e outros
planetas? Deus não fez estas coisas para ele mesmo, e sim para o homem que
ainda havia de criar. Gênesis 1:14 nos mostra que um dos motivos para Deus
criar os luzeiros era para que servissem de sinais. A única parte de toda essa
criação que é capaz de observar e entender sinais é o homem. Já que Deus não
havia feito nenhum homem quando preparou os luzeiros, concluímos que o homem
estava nos planos de Deus desde o princípio. De fato, a Bíblia nos ensina que a
salvação do homem estava nos planos de Deus mesmo antes do princípio da criação
(veja Efésios 1:3-5, 11, 2:10, 3:8-11).
Quando
olharmos para a criação, então, devemos ficar admirados com o eterno poder de
Deus, e ainda mais com o seu eterno propósito de salvar o homem da desordem de
sua própria desobediência. Deus fez toda a terra e os céus justamente para a
habitação do homem, a fim de que o homem olhasse para tudo isso e o buscasse
(veja Atos 17,22-31).
Quando
olhamos para a sociedade, não há dúvida de que temos feito desordem da ordem de
Deus. Mas Deus, por sua natureza divina, em sua misericórdia, ainda quer
restaurar a ordem, e por isso enviou o
seu filho, Jesus (veja Efésios 1,10). Deus enviou Jesus como resposta para a
desordem, para poder criar de novo um mundo obediente às ordens de Deus. O
apóstolo Paulo diz "...se alguém está em Cristo, é nova criatura; as
coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas" (2 Coríntios 5,17).
Onde há trevas, Cristo diz: "Eu sou a luz do mundo; quem me segue não
andará nas trevas; pelo contrário, terá a luz da vida" (João 8,12). Em um
mundo de caos, Cristo estabelece a ordem e a união pela sua igreja: "...há
somente um corpo e um Espírito, como também fostes chamados numa só esperança
da vossa vocação; há um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus e Pai
de todos, o qual é sobre todos, age por meio de todos e está em todos"
(Efésios 4,4-6). Onde há vidas vazias, é Cristo que "...a tudo enche em
todas as coisas" (Efésios 1,23).
É
responsabilidade de cada pessoa reconhecer que Deus existe e o buscar. A
revelação geral de Deus (isto é, o mero fato de ele existir, como é evidente
pela criação) nos torna indesculpáveis se o rejeitarmos. Mas, para conseguirmos
escapar do estrago feito pela nossa desobediência, é necessário muito mais do
que apenas reconhecer que Deus existe. Paulo avisou: "Ora, não levou Deus
em conta os tempos da ignorância; agora, porém, notifica aos homens que todos,
em toda parte, se arrependam; porquanto estabeleceu um dia em que há de julgar
o mundo com justiça, por meio de um varão que destinou e acreditou diante de
todos, ressuscitando-o dentre os mortos" (Atos 17:30-31). Jesus Cristo
veio para fazer a nova obra criadora de Deus, nos corações e nas almas dos
homens. Que busquemos a Deus em espírito e em verdade (João 4,23-24), nos
arrependendo de nossa desobediência, o pecado, e obedecendo a ordem de Deus em
Cristo, para que ele possa fazer de nós novas criaturas, segundo a vontade de
Deus!
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