RESPONSÁVEIS PERANTE A VIDA - TORNA-SE RESPONSÁVEL POR MIM, REFLEXO DA MINHA RESPONSABILIDADE SOCIAL.
Nossas
atitudes escrevem nosso destino. Nós somos responsáveis pela vida que temos.
Culpar os outros pelo que nos acontece é cultivar a ilusão. A aprendizagem é
nossa e ninguém poderá fazê-la por nós, assim como nós não poderemos fazer
pelos outros. Quanto mais depressa aprendermos isso, menos sofreremos.
UM PROJETO DE VIDA!
Já
pensou fazer um projeto de vida? Sempre é tempo
Proponho
um novo projeto para você. Um que você seja capaz de cumprir e sentir-se
realizado por chegar ao fim com suas vitórias. Vamos lá?
Antes
de saber o que projetar, é preciso saber as áreas a serem projetadas, pois pode
não ser atingindo nenhum objetivo se as metas forem muito amplas.
As áreas a serem projetadas são:
Relacionamento
Como
estão suas relações, o que tem gerado desconforto em sua casa? Você tem sido
boa mãe, bom pai, corrigido, amado, sendo presença na vida de sua família? O
que pode ser feito para melhorar esses relacionamentos?
Você
tem sido um bom filho para seus pais, deixando-os exercer o papel de pais e não
querer ser os pais deles? Reflita e determine o que você precisa fazer para
melhorar essas relações. Lembre-se de começar com metas pequenas, para não se
frustrar no fim do ano, por não ter alcançado seus objetivos. Por exemplo: Vou
tirar 30 minutos do meu dia, que ainda é pouco, para brincar com meus filhos.
Brincar é brincar mesmo, desligar-se de tudo, até do celular, e envolver-se na
brincadeira com eles.
Vida profissional
Nessa
área, a pergunta é: sou feliz e realizada no meu trabalho? Digo trabalho e não
profissão, pois há pessoas que são formadas, possuem diploma, graduação, mas
não exercem sua função. Isso não deve ser motivo de tristeza, pois o importante
é reconhecer a realização naquilo que se propõe a fazer. Se você acha que está
estagnado na profissão, questione-se. O que pode fazer para melhorar? Talvez um
curso, novos lugares de atuação, até novos desafios como cadastros curriculares
em outras instituições, lançar-se em um projeto novo, mudar de cidade se for
preciso. Acreditar que é capaz de ser melhor naquilo que se propõe a fazer e se
dedicar a isso!
Vida pessoal
Nesse
ponto, o olhar deve voltar-se para você! É aqui que entram as dietas,
academias, cuidados pessoais e realizações pessoais; e é aqui que mora o
perigo, porque, todo ano, muitas pessoas falam que vão emagrecer e não
conseguem! Onde está o erro? Não adianta ter o desejo e não se determinar. Se
você quer emagrecer, a primeira coisa que deve ser feita é responder a estas
perguntas: Você quer emagrecer? Precisa emagrecer? Para quem quer emagrecer?
Quais são os reais motivos? Seja honesto como você mesmo! Coloque no projeto de
vida os passos a serem percorridos para alcançar essa meta e cumpra-os! Vá a
uma nutricionista e siga a dieta exatamente como for proposto; vá à academia
todos os dias e não durma antes de ter feito a atividade física. Disciplina
educa!
Vida financeira
Quais
são seus problemas financeiros? Reconheça suas limitações financeiras e os bens
materiais que deseja adquirir. Se deseja comprar um carro ou trocar o que já
tem, abra uma poupança, deposite o máximo que for possível por mês, mas
estabeleça uma meta real: 50, 100, 150 reais o que for possível. Seja fiel! Agora,
seu problema são as dívidas? Então, preciso rever os gastos e até mesmo o modo
de vida. Pode ser que você viva uma vida que não é compatível ao que ganha.
Então, é preciso um ajuste não só financeiro, mas também pessoal.
Talvez
sozinho não seja possível vencer essa limitação, portanto, se for preciso,
tenha a humildade de pedir ajuda. Não tema! Se preciso for, coloque em seu
projeto financeiro a ideia de pedir ajuda a alguém de confiança e que domina
essa área.
Espiritual
Como
anda seu relacionamento com Deus? Quanto tempo você se dedica a estar com Ele?
Converso com Deus? Escuto-O? Muitas pessoas reclamam que não escutam Deus, mas
esquecem que para ouvi-Lo é preciso deixar que o Senhor fale. É preciso ter o
Senhor como amigo, ser atento a Ele. Proponha-se a encontrar um horário para
estudar a Bíblia, rezar o terço, ir a Missa, jejuar e confessar conforme ensina
a Igreja. Alimentar a vida espiritual dá ânimo e coragem para vencer todas as
demais áreas da vida.
O
grande segredo desse projeto de vida é monitorar mensalmente. A cada último dia
do mês reveja suas metas, risque aquelas que você já alcançou, marque as que já
fazem parte de sua rotina e estão sendo aprimoradas. Tudo isto nos impulsiona a
nos esforçarmos cada vez mais, para alcançar nossos objetivos. Reconhecer nossa
evolução funciona como combustível nesta jornada da vida. Tenha coragem! Avalie
sua vida! O que precisa melhorar? Retome e caminhe. Deus será o seu sustento!
Mas saiba que sem esforço não há vitória e Deus reconhece isso!
AFTIVIDADE E SEXUALIDADE
A afetividade, na vida
cristã, é iluminada pela palavra de Deus. O Cardeal Martini, Arcebispo de
Milão, em seu livro Sobre o Corpo, é o ponto de referência para nossa conversa
de hoje.
Deus criou o homem à
sua imagem; à sua imagem o criou; homem e mulher os criou. (Gn 1,27). Eu vos
exorto, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, a oferecerdes os vossos
corpos em sacrifício vivo, santo, agradável a Deus: este é o vosso culto
espiritual. (Rm12,1). O corpo não é para a devassidão, ele é para o Senhor e o
Senhor é para o corpo.(I Cor 6,13)
Homem
e mulher os criou
No mito grego, narrado
por Platão: Um dia Zeus, querendo castigar o homem sem destruí-lo, o partiu em
dois. Dali para diante cada um de nós é o símbolo de um homem, a metade que
procura a outra metade, o símbolo correspondente. (O Banquete, XVI) No mito,
está presente algo que experimentamos: o corpo como palavra não dita, realidade
não completa, que remete ao outro. Na Bíblia, o corpo do homem e o da mulher
são criados à imagem e semelhança de Deus, também enquanto macho e fêmea. Isto
é fundamental para entender o que é o corpo e como se torna ele mesmo.
Não é bom que o homem
esteja só (Gn 2,18.21-23). Quando o homem acorda, tem um grito de alegria e
maravilha pela alteridade da mulher. O homem exulta na superação da solidão, na
descoberta do outro. O meu corpo tem uma palavra precisa inscrita em si: esta
palavra é o outro. O corpo se torna ele mesmo diante do outro, pondo-se em
relação. Se eu quiser possuir o outro, não será mais outro, e eu permanecerei
só, sem nenhum outro.
Implicações
desta verdade bíblica
O outro diz o Outro: A
palavra inscrita no corpo fala de Deus, do santo, o Outro. Santo significa
diverso: Lv 11,44 e I Cor 6, 13.16. Meu corpo é chamado a ser templo de Deus,
de um modo diverso, próprio de Deus.
O
selo de Deus: O Homem e a Mulher são chamados a ser
imagem e semelhança de Deus, a exprimir na alteridade sexual o vulto de Deus
que é amor, colocando-se em relação de simpatia, comunhão e fecundidade. O
corpo humano tem o selo de Deus, pelo que será chamado a viver um amor que não
se fecha em si mesmo. É o amor divino que permite ao nosso corpo existir. O
sexo contém uma palavra sublime de amor, que realiza a pessoa à imagem de Deus,
cuja santidade é o amor. Uma sexualidade que não redescobre a palavra do corpo
reduz o corpo à insensatez, desonrando-o e desprezando-o, esvaziando-o de seu
significado.
Sexualidade
e liberdade: A sexualidade é uma energia à
disposição de cada um, mas depende de mim o seu uso. O corpo humano é uma
conexão entre a liberdade e a necessidade, vai além do instinto. A liberdade do
cristão é viver o corpo com a capacidade de servir-se dele para amar. Não é
fazer o que agrada ou somente o que eu devo, mas fazer o que agrada a Deus,
pois me alegra agradar a quem me ama e eu amo. A beleza e a harmonia da
sexualidade vêm a ser aprendidos, para serem dirigidas com liberdade, segundo a
inspiração do Senhor.
O
Corpo como limite: A sexualidade é o limite que remete à
outra pessoa, diversa de mim. É o lugar mais evidente para ser contra ou a
favor do outro. O exercício da sexualidade diz respeito à outra pessoa. Cada
um, masculino ou feminino, conhece a si mesmo através de uma reflexão sobre si
mesmo. Mas há aspectos que só são conhecidos do homem pela mulher e vice-versa.
Complementariedade,
não
diferença: Diferença significa um
relacionamento desigual, onde um é maior ou menor do que o outro. Também a ideia
de diversidade é insuficiente, pois sublinha características estranhas entre as
pessoas. É melhor falar de integração ou complementariedade, que faz alegrar-se
com o bem que o outro tem e se transforma justamente em princípio de comunhão
no dom, na acolhida e no serviço recíproco, impregnando de humildade, respeito,
fidelidade e reverência o amor. O homem se transforma naquilo que ama: Deus se
torna a vida do ser humano (Dt 6,4). O relacionamento entre homem e mulher é
figura do relacionamento com Deus. O ser humano é feito para amar a Deus de
modo absoluto, como sua única referência em sentido pleno. O amor do homem e da
mulher é um eco do amor de Deus, que o levou a unir-se ao ser humano, para ser
com ele, em Jesus, uma só carne. Pode-se dizer também, reciprocamente: Quem se
une ao Senhor, forma com ele um só espírito (I Cor 6,17).
Sexualidade
e responsabilidade: Quando a Igreja fala de sexualidade
está lendo a sabedoria comum dos povos à luz do Evangelho, que compreende que
sem restrições não haverá um sentido verdadeiro de alegria. A intenção da
Igreja é educativa! A regra clássica: A satisfação consequente da união amorosa
de suas pessoas tem verdadeiro significado humano quando há fidelidade
recíproca e abertura à fecundidade; tudo o que não entra nesta regra carece de
sentido pleno;
O sentido do pecado vem
quando há um gesto livre que perturba de modo grave o equilíbrio interior e
relacional da sexualidade bem ordenada e o relacionamento de submissão ao
desígnio de Deus para a felicidade humana. Muito do que se desvia da regra
fundamental é devido a uma sexualidade preguiçosa e desordenada. Ocorre um
caminho de clareza e vitória sobre si mesmo. O conselho de uma pessoa madura e
o sacramento da reconciliação serão sempre uma grande ajuda.
O
consumismo do sexo: A sexualidade não pode ser degradada a
coisa ou ídolo, ou imagem. Como nossa cultura é de imagens e não do espírito,
ela não consegue perceber a dimensão mais profunda e mais verdadeira do corpo.
A
castidade - João Paulo II: A castidade é a atitude
transparente no relacionamento com a pessoa de outro sexo. A castidade é ordem,
equilíbrio, domínio, harmonia. Muitos afirmam ser propriedade sua o corpo, mas
isto contradiz o que dissemos sobre o corpo como relação.
A castidade é bonita
porque reconhece o senhorio de Jesus Cristo sobre o corpo (I Cor 6,13), faz
viver no corpo a liberdade do Espírito com os frutos elencados por São Paulo na
Carta aos Gálatas (5,22) A Castidade tem significado e concretização diversa de
acordo com os estados de vida. Na adolescência e na juventude são postas as
bases para o desenvolvimento da pessoa e acontece a formação da coerência e
domínio de si que se refletirá de modo benéfico em todas as fases da
existência.
Educar-se para a
castidade: não basta a razão! É necessária intuição espiritual que ajude a
acolher as exigências decorrentes do fato de que nosso corpo é do Senhor. Isto
exige humildade, perseverança, oração.
Educação
para a castidade
Castidade como
superação de mentalidade de posse e de consumo, onde o prazer é mais um
produto.
·
Castidade e pureza de coração (Mt 5,8):
ela é uma atitude mais ampla do que a castidade, mas que a inclui e permite descobrir
a causa de não poucas dificuldades;
·
Frutos da castidade: experiência
unificante da vida, liberdade dos falsos absolutos, abertura, disponibilidade.
·
–Formação para o conhecimento do corpo e
atitudes de saída de si desde o nascimento.
·
Um jovem ou uma jovem só se tornam homem
e mulher quando capazes de esquecer de si para o bem dos outros e o bem do
outro. Antes disso, são psicologicamente ainda crianças ou adolescentes.
Aprender a amar não é iniciar-se nas técnicas do ato sexual, mas a sair de si.
Sem esta formação é quase impossível nascer uma vocação evangélica. Um jovem
casto é capaz de dizer sim ao Senhor!
·
Educar-se para a castidade é possível
para quem busca o desígnio de Deus, quem se apaixonou pela sua vontade!
DEFESA
DESTA VIDA
Recordemos um pouco a
CF 2017. Cada ano a Igreja Católica no Brasil promove a Campanha da
Fraternidade (CF) tendo sempre como objetivo apresentar uma questão social
emergente para a consideração de seus membros e da sociedade. Quase nunca a CF
se restringe a questões internas da vida da Igreja. Afinal, a Igreja não vive
para si mesma, mas sua missão é para a vida e dignidade de todos, igualmente.
Nunca é demais lembrar o apelo do Papa Francisco: saiam, vão, ousem o
Evangelho!
Pois bem, o tema da CF do
ano de 2017 é: “Fraternidade: biomas brasileiros e defesa da vida”. E o lema:
“Cultivar e guardar a criação” (Gn 2,15). Quando múltiplas formas de vida
convivem num mesmo espaço, sob o mesmo clima, ao mesmo tempo, então ali está um
bioma (bios = vida; oma = conjunto).
Os biomas que compõem o território brasileiro,
oficialmente são: Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa e
Pantanal. Há quem acrescente os Manguezais da costa brasileira e ainda a Zona
Marinha…
Outras questões circundam
este tema, como eutanásia, aborto, pena de morte, controle de natalidade e se
continuarmos teremos muitos outros assuntos, mas vejamos um que de certo abrange
esta diversidade de questões, o aborto, pois no seu teor de certo abordamos
muitos aspectos.
Toda discussão sobre o
aborto repousa em uma dúvida aparente: o feto é pessoa ou não? Na verdade, a
resposta a essa pergunta define se o aborto é uma cirurgia de uma parte
acessória do corpo da mulher ou um homicídio praticado contra um inocente sem
capacidade alguma para defesa (o crime mais hediondo a ser imaginado). Para os
defensores do aborto, o feto não pertence à espécie humana, mas seria um
amontoado de células. Por essa razão, extirpá-lo do corpo da mãe não envolveria
uma questão moral, isto é, uma concepção sobre o que é bom ou mal, mas uma
questão de saúde.
A afirmação de que o
feto não é pessoa, ou seja, não pertence à espécie humana, obriga-nos a
refletir sobre o conceito de espécie. Podemos dizer que três elementos
combinados determinam se dois seres pertencem a uma mesma espécie: (1)
características fundamentais comuns, (2) que são adquiridas desde a sua
concepção e que (3) não podem ser separadas. Podemos olhar para dois cachorros
e percebermos que eles (1) compartilham determinadas características
fundamentais, (2) essas características não foram “adicionadas” a eles em um
determinado momento de sua existência, mas os acompanham desde a concepção e
(3) não podem ser retiradas dos cachorros, isto é, acompanhar-lhes-ão até o fim
de suas existências.
A importância do
conceito de espécie para a questão do aborto é que nós não podemos decidir “a
partir de quando” um ser pertence a uma espécie; podemos apenas reconhecer “se”
ele pertence ou não a uma espécie. Uma lei que dissesse que “cachorros com mais
de dez anos não são mais cachorros, portanto, podem ser maltratados” causaria
estranheza e ofenderia a nossa racionalidade, pois nossa inteligência percebe
que a espécie de um ser é definitiva e não está sujeita à nossa decisão. Se eu
digo que, a partir de um momento, um cachorro é um gato, isso pode até fazer
com que eu seja considerado um louco, mas não o transforma em um gato.
Cada um de nós, que
pertencemos à espécie humana, somos assim desde que fomos concebidos. Não
aconteceu nada de novo em alguma fase da nossa trajetória. Os que dizem que o
feto somente é pessoa “a partir de…” querem que acreditemos que, antes desse
momento (“as doze semanas”, “a formação do sistema nervoso central”, etc),
éramos outra coisa que não pessoas (talvez tomates ou berinjelas). Esse
argumento já foi utilizado em outros momentos da história humana. Os nazistas,
dispostos a exterminar judeus, ciganos, pessoas com deficiência, entre outros,
construíram uma argumentação esquizofrênica segundo a qual os seres
pertencentes a esses grupos não pertenciam à espécie humana. Hoje, temos a
certeza de que essa concepção era uma loucura completa, mas não podemos
esquecer que ela foi aceita e compartilhada por muitos, e os efeitos dessa
crença irracional causaram uma das mais dolorosas feridas à existência humana.
A pretensão de decidir
“a partir de quando” ou “até quando” alguém é pessoa humana é um dos maiores
riscos a que uma sociedade pode ser exposta, pois ela contraria uma das maiores
conquistas alcançadas pela história humana: o reconhecimento da dignidade da
pessoa humana. Ao utilizarmos essa expressão, queremos dizer que devemos um
respeito fundamental a cada ser humano simplesmente porque ele pertence à
espécie humana, independente de qualquer outro critério (raça, cor,
nacionalidade, idade, etc). Quando, no entanto, pretendemos definir, por leis
ou convenções, em que circunstâncias alguém é pessoa, esvaziamos completamente
o conceito de dignidade da pessoa humana, pois, de que adianta reconhecermos
que ela tem direitos (pelo simples fato de ser pessoa), se podemos decidir quem
é pessoa?
E com esta reflexão,
podemos responder de forma clara e precisa o outro tópico a ser estudado: TORNA-SE RESPONSÁVEL POR MIM, REFLEXO DA MINHA
RESPONSABILIDADE SOCIAL. Que em linhas gerais podemos definir: Responsabilidade
é a capacidade de responder com habilidade a alguma coisa; neste caso,
responder com habilidade ao social. Trata-se - como tenho dito - de uma questão
de conscientização e, essencialmente, de maturidade mental. Enquanto não
refinarmos a nossa tela mental com os princípios cristãos de que é ao próximo
como a si mesmo, não conseguiremos entender que filtrar melhor os estímulos e
valores sociais não tem nada a ver com desvios de verbas, muito menos subornos.
E que, uma sociedade madura é uma sociedade constituída por pessoas que não
precisam de placas proibitivas para lhes dizer que não se deve jogar lixo nas
ruas para que as galerias não sejam obstruídas. Obviamente que não estamos
falando de utopias. É mais que urgente investirmos - com ética - na educação do
nosso povo.
Onde há educação
mental, adoece-se muito menos e se gasta muito menos; sobrando investimentos
para serem aplicados na qualidade de vida do povo. Não se pode, portanto, falar
em ética e responsabilidade social sem se falar em educação. Educar-se a si
mesmo a valorizar os princípios éticos e morais, tais como: evitar subornos,
procurar não sujar as ruas com o lixo que produz e respeitar as leis de
trânsito, evitar o sistema ganha-perde e assim por diante.
O importante é não ver
a ética como uma ilusão ou alguma coisa que só existe no campo acadêmico. Ética
é o exercício do respeito pelo outro; como nos lembra a Sagrada Escritura: Faze
aos outros aquilo que queres que te façam. Trata-se, pois, de uma tomada de
decisão, uma questão de atitude. Lembro, neste momento, daquele jovem que encontrou
trezentos reais (R$ 300,00) no chão do Terminal Integrado Pelópidas Silveira -
em Paulista-PE - e, num verdadeiro exemplo de cidadania, procurou devolver o
dinheiro a quem de direito.
Bom, concluindo,
acredita-se que todo e qualquer projeto nasce primeiro em nosso íntimo e que,
exatamente, por isso todo e qualquer princípio ético só será vivenciado
externamente quando ele for primeiro internalizado e tomado como princípio de
vida. Até então será meio utópico falarmos em responsabilidade social, uma vez
que esta é consequência daquela.
E fica o questionamento
como você pode se tornar responsável por si mesmo, elevando isto a um parâmetro
social?
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